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Cientistas reconstroem besouros do Cretáceo

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D. Peris & R. Kundrata

Investigadores reconstruíram besouros do Cretáceo e conseguir entender melhor a evolução da espécie durante este período da História.

Há cerca de um ano, uma equipa de investigadores encontrou espécimes fossilizados de besouros em Mianmar, descrevendo assim uma nova família de besouros que viveu há 99 milhões de anos. No entanto, o estado dos espécimes fossilizados não era bom o suficiente para conseguir perceber nitidamente a sua morfologia.

Agora, os cientistas examinaram quatros espécimes recém-encontrados da família Mysteriomorphidae e reconstruíram-nos. Os resultados foram publicados este mês na revista científica Scientific Reports e permitem retirar conclusões sobre a evolução da espécie durante o Cretáceo.

Os investigadores recorreram a um TAC para analisar os besouros, permitindo estudar pequenas características destes fósseis.

“O primeiro estudo deixou algumas questões em aberto sobre a classificação destes fósseis que tiveram que ser respondidas. Aproveitamos a oportunidade para investigar essas questões com novas tecnologias”, explica David Peris, investigador do Instituto de Geociências e Meteorologia da Universidade de Bonn.

“Usamos a morfologia para definir melhor a localização dos besouros e descobrimos que eles eram muito próximos dos Elateridae, uma família atual”, explica Robin Kundrata, da Palacky University, o segundo autor principal do estudo.

Os cientistas descobriram que estas linhagens de besouro compartilham várias características entre si. Além disso, chegaram à conclusão que os besouros descritos não sobreviveram ao final do período Cretáceo.

“Os nossos resultados apoiam a hipótese de que os besouros, mas talvez outros grupos de insetos, sofreram uma diminuição na sua diversidade durante o período da revolução das plantas”, disse Peris. O investigador refere-se ao período de Cretáceo em que várias novas plantas substituíram as antigas num ambiente em mudança.

ZAP //

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