A nova lei, aprovada por unanimidade no Parlamento francês esta terça-feira, destina-se a proteger as chamadas “crianças influencers“.
Segundo o jornal The Independent, as “crianças influencers“, que passam muito do seu tempo a criar e a publicar conteúdos online, serão agora protegidas pela lei francesa.
Todos os ganhos que estes menores arrecadarem com este trabalho online serão salvaguardados numa conta bancária a que só elas poderão aceder quando fizerem 16 anos. Além disso, qualquer empresa que deseje empregar estas mini estrelas também terá de obter permissão das autoridades locais.
A nova lei também estabelece o “direito ao esquecimento”, o que obriga as redes sociais e outras plataformas da Internet a remover quaisquer vídeos ou conteúdos quando assim o for pedido por um determinado menor.
De acordo com o jornal britânico, o projeto de lei “Exploração da imagem das crianças nas plataformas online” foi apresentado, pela primeira vez, em 2019 e aprovado por unanimidade no Parlamento francês esta terça-feira.
Atualmente, são várias as crianças que figuram na lista dos maiores influenciadores do mundo. No YouTube, por exemplo, a pessoa mais bem paga em 2019 foi Ryan Kaji, um rapaz norte-americano, de oito anos, que ganhou cerca de 26 milhões de dólares (cerca de 22 milhões de euros).
Dados partilhados durante o Congresso Labour 2030, citados pelo jornal Público, mostram que, atualmente, cerca de 20 milhões de pessoas são consideradas influencers. Dados recentes da agência Influencer Hub indicam que se trata já de uma indústria que vale cerca de 10 mil milhões de dólares (8,5 mil milhões de euros).