Uma equipa de arqueólogs no Egito fizeram uma das maiores descobertas dos últimos anos: encontraram 13 caixões que estão selados há 2.500 anos.
Os caixões foram encontrados empilhados uns sobre os outros no fundo de um poço de 11 metros de profundidade, ao qual foi possível aceder graças a uma corda de aparência precária, na necrópole do deserto de Saqqara. Muitos dos caixões parecem ser ricamente decorados e ainda contêm as suas cores originais.
A equipa de arqueólogos acredita que é muito provável que mais caixões sejam encontrados no poço. “Descoberta muito emocionante. Acho que é apenas o começo”, disse Khaled Al-Anani, Ministro do Turismo e Antiguidades do Egito.
O Ministério do Turismo e Antiguidades egípcio anunciou a descoberta durante o fim de semana passado, acrescentando que, em breve, lançará uma série de vídeos promocionais nas redes sociais para mostrar algumas das suas últimas descobertas.
“A descoberta marca o maior número de caixões encontrados num cemitério desde a descoberta do ambiente do Assef [uma tradução de Al-Asasif Cachett]”, lê-se no comunicado, que se refere a uma descoberta feita no ano passado, quando os arqueólogos encontraram 20 caixões intactos, lacrados e pintados na cidade de Luxor, no sul.
O sítio arqueológico de Saqqara é um vasto cemitério em Gizé que já serviu de necrópole para a antiga capital egípcia, Memphis. Saqqara é o lar de uma incrível seleção de pirâmides, templos, túmulos e outras delícias arqueológicas que datam de 5.000 anos desde a Primeira Dinastia do Egito.
A identidade das pessoas enterradas permanece desconhecida, mas espera-se que seja revelada depois de serem realizadas novas escavações e investigações nas próximas semanas.
O Egito reabriu os seus muitos museus e sítios arqueológicos em 1 de setembro e o país está ansioso para voltar a ter movimento na sua indústria do turismo após vários meses de medidas de distanciamento social. A história da área é um componente-chave da indústria do turismo do Egito e uma das principais fontes de receita do país.
A última década assistiu a uma grande agitação política nesta parte do mundo, nomeadamente a Primavera Árabe, que afastou alguns viajantes nos últimos anos. Com grande parte dessa instabilidade superada, o Egito está a fazer de tudo para promover a sua rica herança na esperança de reconquistar o turismo.