Um grupo de cientistas do MIT descobriu uma maneira eficiente de produzir um sucedâneo do açúcar, que até pode ser mais benéfico para a nossa saúde.
A maioria das pessoas não resiste a um doce de vez em quando, ou talvez até mesmo um sumo ou umas bolachas. No entanto, a quantidade de açúcar que estes produtos levam é muitas vezes uma preocupação. O elevado consumo de açúcar provoca cáries dentárias, diabetes e problemas cardíacos.
Existem substitutos para o açúcar há mais de cem anos, como por exemplo a sacarina, o mais conhecido adoçante que foi inventado em 1879. O problema é que estes, muitas vezes, são mais caros e difíceis de obter, escreve a Massive Science.
Agora, um grupo de cientistas do MIT descobriu uma maneira eficiente de produzir um sucedâneo do açúcar, que até pode ser mais benéfico para a nossa saúde. Os resultados do estudo foram publicados no início do ano na revista científica Nature.
Estudos anteriores demonstraram que a alose, um açúcar bastante raro, isolado das folhas do arbusto africano Protea rubropilosa, pode ser um substituto ideal do açúcar. Além de ser 80% tão doce quanto a sacarose, tem baixas calorias e traz potenciais benefícios para a saúde. Tem propriedades antioxidantes e também pode induzir atividade anticancerígena nas células. No entanto, é cara de obter devido à sua raridade na natureza.
Existem cópias de laboratório, que usam D-glicose como fonte primária barata e amplamente disponível. Contudo, envolvem um processo penoso para gerar apenas 2,5% de alose. Para piorar a situação, custa 80 dólares por cerca de 0,1 gramas.
Como solução, os cientistas do MIT descobriram uma maneira de produzir alose através de glicose, num processo simples e com um aproveitamento de 40%.
Os investigadores pesquisaram as transformações químicas disponíveis que se assemelhassem à da enzima NeoN, da bactéria Streptomyces fradiae, que serviu de inspiração.
A transformação de glicose em alose exigia um radical instável e uma molécula conhecida como tiol. Mas para a reação funcionar, era necessária uma molécula sensível à luz – um fotocatalisador. O fotocatalisador não só acelerou a reação na presença de luz, mas também foi essencial para garantir a reciclagem química, explica Massive Science.
Embora os cientistas do MIT tenham testado o seu procedimento para fazer alose usando apenas um grama de material inicial, é precisa uma escala muito maior para ver se o método se manteria numa escala industrial.