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Rússia acusa Alemanha de atrasar investigação sobre o caso de Navalny

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Yuri Kochetkov / EPA

O líder da oposição russa, Alexei Navalny

Este domingo, a Rússia acusou a Alemanha de atrasar a investigação sobre a suspeita de envenenamento do opositor Alexei Navalny, segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo.

A Rússia acusou a Alemanha de estar a atrasar a investigação sobre o caso de Navalny.  “Berlim está a atrasar o processo de investigação que reclama. É deliberado?”, escreveu no Facebook a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova, depois de o chefe da diplomacia alemã, Heiko Maas, ter admitido sanções contra a Rússia se não forem dados esclarecimentos sobre o envenenamento de Alexei Navalny.

“Até agora não temos a certeza de que a Alemanha não esteja a jogar um jogo duplo”, diz ainda Zakharova, admitindo que Berlim demorou a responder aos pedidos da Justiça russa. “Qual é a urgência em que insiste”, questionou a porta-voz do MNE da Rússia.

Opositor do regime russo e conhecido pelas investigações anticorrupção a membros da elite russa, Alexei Navalny, de 44 anos, está internado, em coma, desde 20 de agosto.

O político sentiu-se mal durante um voo de regresso a Moscovo, após uma deslocação à Sibéria. Foi primeiro internado num hospital de Omsk, na Sibéria, tendo sido transferido, posteriormente, para o hospital universitário Charité, em Berlim.

Na quarta-feira, dia 2 de setembro, o Governo da Alemanha disse que Alexei Navalny foi envenenado com uma substância neurotóxica “do tipo novichok“.

Citado pelo diário Bild, Heiko Maas avisou este domingo que a Alemanha, que atualmente preside à União Europeia, iniciará discussões sobre possíveis sanções contra a Rússia se Moscovo não der “nos próximos dias” explicações sobre o envenenamento de Alexei Navalny.

Estabelecer ultimatos não ajuda ninguém, mas se nos próximos dias o lado russo não ajudar a esclarecer o que aconteceu, então teremos de discutir uma resposta com os nossos parceiros”, disse Heiko Maas ao diário Bild.

Heiko Maas sublinhou ainda que as sanções que fossem decididas teriam de ser “direcionadas”.

ZAP // Lusa

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