Investigadores da Universidade de Manchester, no Reino Unido, descobriram um avanço analítico que pode melhorar significativamente a probabilidade de encontrar vida extraterrestre na Via Láctea.
Uma equipa de cientistas da Universidade de Manchester, no Reino Unido, demonstrou uma nova análise de dados existentes que representa um novo marco na Busca por Inteligência Extraterrestre (SETI), avança o Europa Press.
O artigo científico, publicado recentemente na Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, explica que a equipa expandiu dramaticamente a busca por vida extraterrestre de 1.400 para 280.000 estrelas, aumentando o número de estrelas analisadas.
O resultado sugere que menos de 0,04% dos sistemas estelares têm potencial para hospedar civilizações avançadas com tecnologia de rádio equivalente ou ligeiramente mais avançada do que os humanos no século XXI.
Esta descoberta melhora os limites para estrelas próximas e estabelece, pela primeira vez, limites para as próprias estrelas mais distantes, com a advertência de que qualquer forma de vida a habitar os limites externos da galáxia precisaria de transmissores ainda mais poderosos para ser detetada.
Os investigadores defendem que a análise só pode localizar civilizações inteligentes e tecnicamente avançadas que usam ondas de rádio como forma de comunicação.
Limites da prevalência
Neste estudo, a equipa estabeleceu os melhores limites sobre a prevalência de radiotransmissores artificiais, chamados tecno-assinaturas, na Via Láctea.
Os cientistas recalcularam os limites da prevalência de transmissores em torno de estrelas adicionais dentro dos campos de visão do radiotelescópio Gaia, da Agência Espacial Europeia (ESA), e selecionou estrelas a distâncias muito maiores (até cerca de 33.000 anos-luz) do que a amostra original de estrelas próximas.
Desta forma, foram capazes de expandir o número de estrelas estudadas de 1.327 para 288.315. “Os nossos resultados ajudam a colocar limites significativos na prevalência de transmissores comparáveis ao que poderemos vir a construir, usando a tecnologia do século XXI”, disse a cientista Bart Wlodarczyk-Sroka, que participou no estudo.
Primeiro é necessário encontrar evidências de vida alienígena, mesmo sob a forma de estruturas simples e primitivas atuais ou fossilizadas. Depois disso, poder-se-á especular e ir um pouco mais além, mas por agora parece extemporâneo estar avançar com qualquer cálculo que apenas parece ter por base o mero prazer de manipulação dos números, mas que, de facto, nada nos diz.