Polónia dá apoio a cidades anti-LGBTQ cujo financiamento europeu foi cortado

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O Governo polaco vai criar um mecanismo de apoio financeiro para as cidades cujo financiamento europeu foi recusado devido à sua visão anti-LGBTQ.

Algumas cidades polacas com uma visão anti-LGBTQ viram a União Europeia cortar o seu financiamento. Em resposta, o Governo polaco tranquilizou estas cidades, garantindo que lhes vai oferecer apoios financeiros. O anúncio foi feito, esta semana, pelo ministro da Justiça, Zbigniew Ziobro.

O pequeno município de Tuchów, por exemplo, que assinou um alvará anti-LGBTQ no ano passado, vai receber cerca de 57 mil euros do Executivo polaco. Este montante é três vezes maior do que aquele que receberia da União Europeia. Tuchów não é um caso isolado. Desde 2019, dezenas de cidades, condados e regiões assinaram declarações e alvarás semelhantes, escreve o POLITICO.

Ziobro defendeu que a decisão de cortar o financiamento a estas cidades é um caso de “perseguição” e “vingança ideológica”. O ministro da Justiça argumenta que estas cidades não discriminam ninguém, limitando-se a proteger os valores familiares tradicionais.

“As ações de Dalli [Comissária para a Igualdade] foram ilegais e não autorizadas”, disse o governante. “Não podemos deixar esses municípios sozinhos. O Estado polaco, numa reação legítima que condena a ação da Comissão Europeia, estará junto com as autoridades locais e os cidadãos”.

Ziobro disse que ia negociar com o primeiro-ministro polaco, Mateusz Morawiecki, um “mecanismo financeiro” especial para ajudar as cidades que foram “assediadas” pela União Europeia.

A Comissão não divulgou os nomes das seis cidades que não receberam o dinheiro dos fundos europeus. Nem o próprio Governo polaco consegue identificar quais as outras cidades que não receberam os fundos.