O presidente do Governo Regional da Madeira, o social democrata Miguel Albuquerque, afirmou que a sua candidatura à Presidência da República, nas eleições de 2021, é uma questão que “ainda não está encerrada”.
“A minha candidatura não está encerrada”, declara o chefe do executivo madeirense e líder do PSD/Madeira numa resposta escrita enviada pela presidência do Governo Regional à agência Lusa nesta quarta-feira.
O governante madeirense adianta que a anunciada carta enviada pelo líder demissionário e recandidato do Chega, André Ventura, a convidá-lo para apoiar formalmente e integrar a sua candidatura à Presidência da República, em janeiro de 2021, “ainda não chegou à Quinta Vigia [a presidência do Governo da Madeira]”.
Miguel Albuquerque argumenta que a apresentação de uma candidatura própria “dependerá das posições e programas que os candidatos, incluindo o professor Marcelo Rebelo de Sousa, [atual Presidente da República] tomarem em relação à Madeira e à defesa das suas principais propostas”.
Entre estas, enuncia “o aval necessário do Estado ao empréstimo da Madeira, que permitiria poupança na ordem dos 60 milhões de euros, e uma lei fiscal própria, essenciais para o plano de recuperação da Região Autónoma da Madeira”.
O governante insular não tece mais comentários à proposta feita por André Ventura.
“Um dos pilares” da candidatura de Ventura
“Venho por este meio convidá-lo a ser um dos pilares da minha candidatura como Máximo Coordenador e Representante Político da mesma. Atentas as últimas sondagens, não há dúvida de que a leve esperança de uma não recondução de Marcelo Rebelo de Sousa só pode ser concretizada pela minha candidatura. É a esse esforço que o convido a juntar-se, por Portugal e pelo desenvolvimento efetivo da Região Autónoma da Madeira”, lê-se na carta de André Ventura, a que a agência Lusa teve acesso.
O deputado único do Chega, contactado pela agência Lusa, escusou-se a “confirmar ou desmentir convites feitos nesta altura”, pois “ainda está a ser definida a estrutura completa da candidatura” a Belém.
“Sou candidato a impedir a renovação, por mais cinco anos, da tragédia que tem sido Marcelo Rebelo de Sousa para o país e, em especial, para a Madeira. Marcelo esteve sempre contra a região e ao lado do Governo da República, que não tem outro interesse senão transformar a Madeira e o Porto Santo em feudos socialistas, como já acontece em boa parte das regiões e distritos do país”, lê-se ainda na missiva.
Em maio, o líder madeirense Miguel Albuquerque admitiu avançar com uma candidatura autónoma ao Palácio de Belém, tecendo críticas ao “unanimismo”, ao “circo que está montado” e ao “namoro” entre o primeiro-ministro, António Costa, e o chefe de Estado.
Meses depois, no início de agosto, o líder do PSD-Madeira defendeu que o seu partido deve dialogar com várias forças políticas, incluindo o Chega, após o presidente do partido, Rui Rio, ter admitido conversar com o partido, caso Ventura adotasse um discurso moderado.
“O PSD deve é fazer aquilo que Sá Carneiro fez em 1979. Também fez a AD [Aliança Democrática] numa altura em que se dizia que o CDS era fascista”, afirmou Albuquerque, referindo-se a uma eventual federação de centro-direita com o CDS-PP, Chega e Iniciativa Liberal, para desalojar a esquerda do poder.
ZAP // Lusa
Albuquerque e Ventura, grande dupla!Lembram à gente a fábula da rã que queria ser boi.
Quanto a ideias, estão fantásticos. Um quer ser PR para defender…a Madeira; outro acha que o atual PR está ao serviço do PS para “conquistar” os feudos social democratas da Madeira e Porto Santo.
É caso par dizer: se um diz mata, o outro diz esfola
Cada tiro cada melro, cada um pior que o outro.
Vão bem un com o outro, lindo casamento !……….ainda bem que não se reproduzem !
Não me parece se boa opção do Ventura a sua candidatura a PR, há parte da oportunidade para relembrar alguns problemas que outros procuram esquecer ou nem sequer lembrar, na AR tem matéria mais do que suficiente para debater e que o mesmo tem trazido a público as quais muito interessam ao povo para mais quando as mesmas parecem não ser prioridade tanto para governo como oposições.
Falaste mas não disseste nada. É a laia redundante xuxa.