Uma equipa de cientistas do Laboratório Europeu de Física de Partículas (CERN) observou o Bosão de Higgs, a fazer algo inesperado: à medida que caía, esta parecia decompor-se numa combinação inesperada de partículas.
De acordo com o portal Futurism, esta é a primeira vez que o Bosão de Higgs, cuja descoberta rendeu um Prémio Nobel em 2013, foi observado a decompor-se num par de muões (partículas elementares semelhantes aos eletrões).
As observações foram partilhadas esta semana numa conferência de Física de Alta Energia e os resultados estão disponíveis em pré-visualização no portal arXiv.org.
A descoberta deste novo comportamento do Bosão de Higgs, celebrizado popularmente como A Partícula de Deus, reforça o Modelo Padrão da Física, que há muito é desafiado pela descoberta de novas partículas elementares.
Tal como frisa o mesmo portal, uma das melhores formas de os físicos analisaram o Bosão de Higgs é observá-lo a “morrer”, isto é, a decair, a decompor-se.
Por norma, A Partícula de Deus decompõem-se em partículas relativamente pesadas, mas os muões são muito mais leves do que as partículas que surgem normalmente e interagem menos com o campo magnético emitido pelo Bosão de Higgs.
“[A nossa equipa no CERN] orgulha-se de ter alcançado esta sensibilidade no decaimento do Bosão de Higgs em muões e de ter conseguido mostrar a primeira evidência experimental deste processo”, disse o porta-voz do CERN, Roberto Carlin, em comunicado.
Os muões são partículas de segunda geração. Já os átomos, são compostos por partículas de primeira geração como eletrões, as gerações mais altas existem apenas em ambientes de alta energia – como um laboratório de física de partículas – e decaem rapidamente.
Esta foi a primeira vez que o Bosão de Higgs foi observado por cientistas a interagir com qualquer partícula de segunda geração.
“O Bosão de Higgs parece interagir também com partículas de segunda geração, de acordo com o Modelo Padrão, um resultado que será aprimorado com os dados que esperamos recolher nos próximos procedimentos”, concluiu Carlin.
O Bosão de Higgs, recorde-se, é a partícula elementar proposta no Modelo Padrão de partículas que confere massa à matéria no Universo.
Na prática, era a peça-chave que faltava encaixar no modelo.
Foi batizada em homenagem a Peter Higgs, o físico britânico que, juntamente com outros cientistas, propôs em 1964 o mecanismo de Higgs para explicar a origem da massa das partículas subatómicas no Cosmos. Quase meio século depois, Higgs e François Englert receberam o Prémio Nobel de Física pelo seu trabalho.
Agora sim, o nome popular assenta-lhe bem. Também morre e se decompõe.
FINALMENTE O QUE NOS FALTAVA:
Temos a formulação matemática e cientificamente válida do que vimos afirmando tendo em conta os vetores tempo-espaço infinitos e a elasticidade do Universo. VER em https://docs.google.com/document/d/1sS0HhsIAJ3OrUqszaoC_p_tyA7K7L4hOl1HWGUiACtE/edit#
A questão é saber que tipo de informação as partículas subatómicas nos podem aportar.
FINALMENTE O QUE NOS FALTAVA:
Temos a formulação matemática e cientificamente válida do que vimos afirmando tendo em conta os vetores tempo-espaço infinitos e a elasticidade do Universo. VER em https://docs.google.com/document/d/1sS0HhsIAJ3OrUqszaoC_p_tyA7K7L4hOl1HWGUiACtE/edit#
A questão é saber que tipo de informação as partículas subatómicas nos podem aportar.
Isso tem a ver com o “PRIMADO DA ETERNIDADE”?!!
Uma partícula elementar é uma partícula sem estrutura interna. Como se explica que o bosão de Higgs se decomponha em partículas pesadas e leves?! Era suposto não se decompôr em coisa nenhuma. De partícula elementar não tem nada.
Percebo pouco da coisa, mas por exemplo o muão é elementar e também decai…
Caro Joaquim Ferreira
A noção de “partícula elementar” tem mudado com as gerações e com a evolução da ciência. Durante muito tempo a partícula elementar era o grão do pó, depois descobriram que afinal o pó é composto por átomos. Entretanto o átomo “foi dividido” em eletrões, protões e neutrões, que passaram a ser as partículas elementares. Depois estas já foram subdivididas, passando a haver novas partículas elementares. Será que já chegaram ao mais elementar, ou vai haver ainda mais? Daqui a uns anitos falamos.
Plenamente de acordo, mas vivemos uma era em que o conhecimento sobre a natureza das partículas quânticas é muito mais vasto; logo, os físicos de partículas devem ter mais cuidado quando mencionam ” partícula elementar”. Quanto ao final do seu comentário, eu creio que, embora possa estar redondamente equivocado, existe um número muito restrito de partículas verdadeiramente elementares sem qualquer possibilidade de se dividir mais, com exactamente a mesma massa mas características diferentes; pois se tiverem massas diferentes deduz-se logo que podem ser partículas compostas. Esse núcleo duro de partículas fundamentais, estará na origem das várias formas como a matéria se apresenta no cosmos. Tenho a sensação que os próprios quarks ( 2 up e 1 down ) que compõem o não elementar protão, não são partículas elementares. Saudações!
As partículas elementares mais fundamentais também se decompõem…a fase final da decomposição é a matéria escura (ou energia escura). Esta por sua vez também se decompõe e o processo final é o “nada”…
Só o espaço vazio puro é feito de nada. Os corpos materiais desde os macroscópicos aos subatómicos são feitos a partir de algo elementar com massa mínima ou diferente de zero. É muito tentador pegarmos em algumas porções de nada e produzirmos uma partícula que seja, e então, o universo seria a coisa mais simples do mundo, ou seja, feito de absolutamente nada. Teríamos combinações de quantuns de nada a dar forma às coisas.
A tradução não é correcta. O bosão de Higgs é uma partícula fundamental (ao Modelo Padrão da Física Quântica). Não é elementar. Por enquanto, partículas elementares conhecem-se o electrão e o neutrino (há dúvida nos muões, se serão realmente elementares).
As vezes o que procuramos tanto está bem a nossa frente, onde o fim e o começo se encontram!
Caramba, pelo título da notícia pensei que estava a fumar e o pai o tinha apanhado!
: )
Curioso!
É como o Salgado: à medida que cai, também se decompõe numa combinação inesperada de ligações e falcatruas…
Exatamente