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Onde está o túmulo da Cleópatra? Duas novas múmias podem desvendar um dos maiores mistérios do Egito

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A arqueóloga Kathleen Martinez, que estuda há 14 anos o sítio arqueológico de Taposiris Magna, no delta do Nilo, encontrou duas múmias que podem dar pistas para o túmulo de Cleópatra.

No início de 2019, o egiptólogo Zahi Hawass disse acredita ter identificado o local onde estão sepultados a rainha do Egito e o político e militar Marco António.

Agora, a eterna busca pelo túmulo da rainha do Egito teve mais uma reviravolta. A descoberta de duas múmias contemporâneas e de alto estatuto em Taposiris Magna reviveu a hipótese de que os restos de Cleópatra tenham sido depositados naquele templo, construído no século III a.C. para os seus antepassados ​​ptolemaicos.

De acordo com o jornal britânico The Guardian, a especialista Kathleen Martínez, que trabalha no local há 14 anos, está mais convencida do que nunca de que o túmulo da Cleópatra está em Taposiris Magna.

Apesar de a câmara funerária ter permanecido intacta durante 2.000 anos, o estado de conservação das duas múmias descobertas é bastante mau devido a inundações. No entanto, os arqueólogs conseguiram determinar, graças a análises de raios-X, que é um homem e uma mulher e que estavam totalmente cobertos com folha de ouro, um luxo reservado apenas aos níveis mais altos da sociedade egípcia.

A principal hipótese é que são dois sacerdotes – um deles tinha uma imagem de um escaravelho, símbolo da ressurreição no Egito Antigo – que desempenharam um papel relevante na defesa da causa da Cleópatra. Ambos poderão ter interagido com a rainha.

A descoberta foi gravada ao vivo. Kathleen Martínez aparece a abrir os sarcófagos pela primeira vez desde que foram enterrados: “Oh meu Deus, há duas múmias. Olhem para esta maravilha”, diz, de acordo com o jornal britânico.

Os resultados das últimas escavações serão revelados no documentário “The Hunt for Cleopatra’s Tomb” transmitido esta terça-feira pelo canal britânico Channel 5.

A arqueóloga já fez outras descobertas de grande importância em Taposiris Magna, como uma estátua decapitada de um faraó, relacionada com Ptolomeu IV, uma inscrição que mostra que o templo foi dedicado ao deus Ísis e um altar, onde encontrou 200 moedas com o nome e a cara da Cleópatra.

Estas duas múmias abrem novas pistas para tentar resolver um dos grandes mistérios da história. Cleópatra VII, a última rainha do Egito, é uma das figuras mais fascinantes da Antiguidade. Marco António e Cleópatra, amantes, suicidarem-se depois de as forças militares de ambos terem sido derrotadas na Batalha de Áccio pelas de Octávio, o filho adotivo e herdeiro de Júlio César que viria a ser o primeiro imperador romano.

O militar romano matou-se com a sua própria espada e a última rainha do Egito com veneno, para evitar ser humilhada por Octávio e ver o seu país transformado numa província do império romano. O imperador terá permitido que fossem sepultados juntos, respeitando o desejo de ambos, não se sabendo até hoje onde fica o seu túmulo.

ZAP //

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