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Ministério Público acusa 27 homens de crimes raciais e tentativa de homicídio

O Ministério Público (MP) concluiu uma investigação a um grupo de 27 homens, alegadamente ligados aos Hammerskins, por crimes raciais e tentativa de homicídio qualificado.

Segundo o jornal Público, o Ministério Público requereu o julgamento de 27 arguidos suspeitos da prática de crimes de discriminação racial, religiosa e sexual e também de tentativa de homicídio qualificado.

Os suspeitos estão ainda indiciados pela prática de ofensas à integridade física qualificada, incitamento à violência, dano com violência, detenção de arma proibida, roubo, tráfico de estupefacientes e tráfico de armas”, apurou o mesmo jornal.

De acordo com o MP, os arguidos “agiram com o propósito de pertencer a um grupo que exaltava a superioridade da raça branca“. Ao integrá-lo, os suspeitos “deveriam desenvolver ações violentas contra as minorias raciais, assim como contra todos aqueles que tivessem orientações sexuais e políticas diferentes das suas”.

A atividade do grupo terá começado em junho de 2015 e, segundo o matutino, duas pessoas foram gravemente feridas com facas e outros objetos cortantes. O MP referiu que as partes do corpo atingidas – abdómen e tórax – “eram aptas a determinar as suas mortes, o que apenas não se verificou por razões alheias às vontades dos agressores”.

De acordo com a TVI 24, os suspeitos estão, alegadamente, ligados aos Hammerskins, um grupo de extrema-direita e supremacia branca que tem como alvo negros, muçulmanos, homossexuais e comunistas.

Ao que o canal televisivo apurou, alguns dos acusados já são conhecidos da justiça, sendo que entre estes se encontram arguidos que estiveram envolvidos no homicídio do cabo-verdiano Alcindo Monteiro, em 1995.

Segundo o semanário Expresso, o caso estava a ser investigado há cerca de quatro anos e todos os arguidos, nos quais se inclui um guarda prisional, apesar de terem sido detidos pela PJ, foram libertados pelo juiz de instrução criminal.

ZAP //

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