O primeiro-ministro do Canadá defendeu a instalação de câmaras de vídeo nas fardas dos elementos das forças de segurança para evitar erros da polícia e discriminação racial, na sequência da contestação pela morte de George Floyd.
“Concordámos que temos de ir em frente com as câmaras para os agentes da Real Polícia Montada do Canadá [RCMP]”, disse Justin Trudeau, citado pela agência France-Presse, depois de uma reunião com a comissária da RCMP, Brenca Lucki.
O chefe do Governo canadiano acrescentou que pretende levantar a questão junto das autoridades responsáveis pelas polícias provinciais e municipais durante esta semana.
“Temos de trabalhar juntos”, prosseguiu Trudeau, sublinhando que os equipamentos de vídeo “são um elemento de transparência” e que seriam “muito importantes para as forças policiais” do país.
Na sequência das manifestações que decorreram por todo o mundo, incluindo no Canadá, para contestar a morte do cidadão afro-americano George Floyd, em Minneapolis, no Estado norte-americano do Minnesota, Trudeau prometeu medidas “ousadas, concretas e rápidas” para responder às exigências dos manifestantes canadianos.
Na semana passada, quando questionado sobre a atuação do Presidente norte-americano, Donald Trump, perante os protestos que acontecem em todo o país, o primeiro-ministro canadiano respondeu com 21 segundos de silêncio. Depois, limitou-se a falar do caso do Canadá.
“Todos vemos com horror e consternação o que está a acontecer nos Estados Unidos. É tempo de unir as pessoas, é tempo de ouvir, é tempo de aprender que a injustiça continua apesar do progresso ao longo dos anos e das décadas”, declarou.
George Floyd, de 46 anos, morreu, a 25 de maio, depois de um polícia lhe ter pressionado o pescoço com o joelho durante cerca de oito minutos numa operação de detenção, apesar de o afro-americano ter dito que não conseguia respirar.
ZAP // Lusa