Portugal regista hoje 1.383 mortes relacionadas com a covid-19, mais 14 do que na quinta-feira e 31.946 infectados, mais 350, segundo o boletim da Direcção-Geral da Saúde (DGS). A larga maioria dos novos casos continua a ser na região de Lisboa.
Em comparação com os dados de quinta-feira, em que se registavam 1.369 mortos, há um aumento de óbitos de 1%.
Relativamente ao número de casos confirmados de infecção (31.946), os dados da DGS revelam que há mais 350 casos do que na quinta-feira (31.596), representando uma subida de 1,1%.
A região Norte é a que regista o maior número de mortos (769), seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (346), do Centro (237), do Algarve (15), dos Açores (15) e do Alentejo, que regista um óbito, adianta o relatório da situação epidemiológica, com dados actualizados até às 24 horas de quinta-feira, mantendo-se a Região Autónoma da Madeira sem registo de óbitos.
O número de recuperados sobe para 18.911, mais 274 do que na quinta-feira. Isto significa que 59,2% das pessoas infectadas já recuperaram.
Mas segundo os números de hoje, há mais 62 casos activos da infecção num total de 11.652.
A taxa de mortalidade global mantém-se nos 4,3%, mas sobe para 16,9% na faixa acima dos 70 anos.
O relatório da DGS aponta que há 1.568 casos a aguardar resultados de testes laboratoriais e quase 28 mil pessoas sob vigilância das autoridades sanitárias.
Calamidade prolongada nas ilhas Terceira e São Miguel
O Governo Regional dos Açores decidiu prolongar o estado de calamidade nas ilhas de São Miguel e Terceira até 15 de Junho devido à covid-19, mas autorizou a retoma gradual das ligações aéreas e marítimas inter-ilhas.
“Estão criadas as condições para restabelecer, durante o próximo mês de Junho, um conjunto de actividades, de forma gradual e dentro dos condicionalismos que a actual situação ainda exige, em particular as relativas à mobilidade dos açorianos entre as ilhas do arquipélago, através dos transportes públicos aéreos e marítimos da responsabilidade, respectivamente, das empresas públicas SATA e Atlanticoline”, lê-se numa resolução do Conselho de Governo, publicada hoje em Jornal Oficial.
A decisão é justificada pelo facto de o número de casos recuperados da infecção pelo novo coronavírus ter registado “um crescimento contínuo”, existindo actualmente apenas dois casos positivos activos na ilha de São Miguel e apenas uma cadeia de transmissão local activa, “já restrita e sem disseminação”.
As ilhas Graciosa, São Jorge, Pico e Faial passam de situação de contingência para a situação de alerta, enquanto as ilhas de Santa Maria, Flores e Corvo, onde não se registaram até ao momento casos da covid-19, se mantêm em situação de alerta.
Desde o início do surto foram confirmados 146 casos da covid-19 nos Açores, tendo ocorrido 128 recuperações (em seis ilhas) e 16 óbitos (em São Miguel).
A ilha de São Miguel é a que registou mais casos (108), seguindo-se Terceira (11), Pico (10), São Jorge (sete), Faial (cinco) e Graciosa (cinco).
SNS reforçado com cerca de 3 mil profissionais
O Serviço Nacional de Saúde (SNS) foi reforçado com cerca de 3.000 profissionais, entre os quais 125 médicos e mais de 900 enfermeiros, devido à pandemia da covid-19, revelou hoje o secretário de Estado da Saúde.
“Foram contratados no âmbito ao combate à covid-19 cerca de 3.000 profissionais de saúde (…). Estamos mais capacitados, mais preparados, com maior resposta no SNS quer para atividade covid, quer para atividade não covid. Temos de continuar este caminho, vamos com certeza continuar a percorre-lo”, disse António Lacerda Sales.
De acordo com o governante, que falava aos jornalistas na conferência de imprensa diária de balanço sobre a pandemia de covid-19 em Portugal, “foram contratados 125 médicos, mais de 900 enfermeiros, 205 técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica e mais de 1.350 assistentes operacionais”.
ZAP // Lusa
Coronavírus / Covid-19
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