No pré-pandemia, o Bloco de Esquerda e o PCP já se diferenciavam entre si. Agora, o surto conseguiu acentuar ainda mais as diferenças entre os partidos de esquerda.
De um lado, há um PCP que se focou nos direitos dos trabalhadores e se queixou de sofrer ataques de vários setores, dos grupos económicos à imprensa. Do outro, um Bloco de Esquerda moderado que procura assumir uma posição influente, mostrando maior sintonia com as posições do Governo.
Esta é a avaliação que o Expresso faz na sua edição desta segunda-feira, destacando as polémicas comemorações do 1.º de maio em que os dois partidos da esquerda assumiram posições contrárias.
Ao lado da CGTP, o PCP foi o símbolo da celebração e o alvo das críticas de quem não compreendeu a exceção feita às regras de circulação e ajuntamento de pessoas. Por sua vez, o Bloco optou por comemorar a data nas redes sociais.
Ao matutino, um dirigente bloquista referiu que “o PCP leu mal o momento e encurralou-se; tenta sempre dizer que a CGTP não é a sua correia de transmissão, mas neste caso ficaram os dois sozinhos na fotografia”. João Oliveira, do PCP, rejeita: “O que motiva essas críticas é uma desconsideração dos trabalhadores, não é um problema de fulanização deste partido ou daquele sindicato.”
Mas as diferenças não ficam por aqui. Na hora de votar a instauração do estado de emergência, a ex-geringonça também se fragmentou: enquanto que o PCP se absteve e acabou depois por votar contra, o BE esteve sempre a favor. Se o PCP apontou o dedo ao alarmismo que agiganta o medo, o BE acusou o partido vizinho de “desvalorizar” o problema.
Em tempo de emergência, o Bloco de Esquerda tentaram assumir o poder, enviando diretamente ao Governo as suas propostas para que as medidas fossem adotadas o mais rápido possível. Já os comunistas marcaram a diferença com a crítica ao estado de calamidade – que, para Jerónimo de Sousa, serve para “meter medo” – e os avisos sobre o perigo do regresso das políticas de “empobrecimento” da troika.
Em termos de comunicação, o fosso entre os dois partidos também é bem visível. O Bloco apressou-se a criar uma mensagem de vídeo diária, com Catarina Martins a apresentar as medidas do partido. Já o PCP optou por não alterar a sua comunicação, expressando as suas posições através de comunicados.
António Costa diz querer contar com ambos. No futuro, fica a dúvida se Bloco de Esquerda e PCP conseguirão mostrar sintonia.
É impressão minha ou estes dois estão a fazer ”Olhinhos” malandrecos.
A ruidosa indignação, causada pela atitude do PCP e logo seguida pelos títeres das opiniões publicadas, nem sequer conseguiu distinguir emergência sanitária de emergência totalitária.
A preocupação dos indignados não é sobre os muitos milhares de trabalhadores em lay-off,
os desempregados pelo oportunismo de entidades patronais sem vergonha, os precários no
desemprego, a preocupação dirige-se para quem os defende dos ditames da União Europeia
agora agravados com a pandemia, dos ataques aos magros salários, dos atropelos aos direitos laborais. A preocupação deles aponta para a CGTP que cumprindo os condicionalismos à risca, exerceu o seu direito de luta em defesa de quem trabalha de que o 1º de Maio é símbolo. Os indignados ainda não compreenderam o sentido da História.
A análise fica com o(s) autor(es) desta peça.
Agora, parafraseando o «boneco» Diácono Remédios, mentir é que não havia nechechidade.
Desde o dia 13 de Março o PCP transmitiu mais de 40 vídeos e 7 (sete) audições públicas online de cerca de 90 minutos cada, com a participação de vários intervenientes, sobre temas específicos como a produção e soberania alimentar; a situação crítica das MPMEs; assegurar a protecção social – defender e fortalecer a Segurança Social hoje e no futuro; as repostas inadiáveis no sector da Cultura, face ao surto epidémico; no combate à epidemia, nem um direito a menos; no combate ao vírus, defender os direitos das crianças e dos pais.
Por ocasião do 25 de Abril, do 1º de Maio, do 70.º aniversário do julgamento de Álvaro Cunhal, do 75.º Aniversário da Vitória sobre o Nazi-Fascismo promoveu sessões públicas online e a apresentação de vários filmes e vídeos sobre estes 4 temas durante várias horas.
Está tudo online aqui http://www.pcp.pt/posicoes-politicas.
Como é possível, estas circunstâncias, um site de informação escrever «Já o PCP optou por não alterar a sua comunicação, expressando as suas posições através de comunicados.»???
Em relação ao meu comentário anterior, que ainda não visualizo, creio que o parágrafo final está pouco claro. A fonte da notícia é aa Lusa. Mas um site informativo deve, por princípio, verificar a correcção das suas fontes.
Só ainda não acredito como um País como o nosso ainda têm partidos comunistas, já não faz sentido todos sabemos que não o queremos, como ntal só podem existir por interesses.