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A tecnologia das células solares quebrou três grandes recordes

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Pixabay

Atualmente, o mundo debate-se com a crise climática e com uma pandemia, mas os cientistas não param a busca por soluções renováveis. Só este mês, foram batidos três recordes em eficiência de painéis solares.

Uma equipa de cientistas do Laboratório de Energia Renovável (NREL), nos Estados Unidos, desenvolveram uma célula solar única com “seis junções” que possui uma conversão de energia sem precedentes, transformando a luz intensificada em eletricidade com eficiência de 47,1% – a mais eficiente do mundo. Este recorde bateu o concorrente anterior, estabelecido há apenas dois anos, em 1%.

“Este dispositivo demonstra o extraordinário potencial das células solares multifuncionais”, disse John Geisz, do NREL, citado pelo Science Alert.

Mas os recordes não ficaram por aqui. A equipa testou outra versão da mesmo célula de seis junções, desta vez sem concentrar a luz, e alcançou uma eficiência sem precedentes de 39,2%. No fundo, isto significa que, agora, mais energia do Sol pode ser convertida em eletricidade.

Cada uma das seis junções da célula é especializada para capturar uma faixa específica de luz do espectro solar. Combinado, o dispositivo contém 140 camadas de material absorvente de luz e, ao contrário do que seria de esperar, é três vezes mais fino do que um fio de cabelo.

É impossível alcançar 100% de eficiência por causa das leis da termodinâmica, mas atingir metade já seria uma grande conquista. À medida que os cientistas se aproximam cada vez mais do objetivo, recordes como este são constantemente alcançados em todos os tipos de células solares.

O terceiro recorde deste mês foi alcançado por uma “célula em tandem”, um dispositivo, com apenas alguns micrometros de espessura, que combina dois semicondutores diferentes – um para as partes visíveis do espectro da luz e o outro para a luz infravermelha.

Uma equipa de engenheiros do centro de pesquisa alemão Helmholtz-Zentrum, em Berlim, criou um novo tipo de célula tandem composta por silício empilhado e perovskita com uma eficiência certificada de 24,16%.

O primeiro estudo foi publicado a 13 de abril na revista Nature Energy e o segundo a 6 do mesmo mês na Joule.

ZAP //

4 Comments

  1. “Este recorde bateu o concorrente anterior, estabelecido há apenas dois anos, em 1%.”

    Em 1% ou um ponto percentual, senhores jornalistas? É que, se bateu em 1%, não é grande coisa.

    Ai, esta iliteracia!

    • Caro leitor,
      Obrigado pelo seu reparo.
      Efetivamente, 1% e um ponto percentual são quase sempre valores diferentes.
      De acordo com a nossa fonte, Sience Alert, a variação foi de 1%.
      Não nos foi possível apurar o valor do recorde anterior.
      Se o recorde anterior era de 46,1%, o novo bateu-o em 1 ponto percentual.
      Se o recorde anterior era de 46,6%, o novo bateu-o em 1%.
      Na dúvida, optámos por manter o valor indicado pela nossa fonte.

  2. Em adoção ao comentário anterior, não parece termos evoluído muito na ponta da eficiência, nos últimos 5 anos (~46%->47,1%)
    Importante, no entanto, o crescimento das novas abordagens (PV emergente).

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