Uma semana depois de a legislação da moratória pública ter entrado em vigor, os bancos nacionais já têm uma estimativa do número de pedidos de particulares e de empresas.
De acordo com o Jornal Económico, os bancos já têm uma estimativa do número de pedidos de moratória no crédito, quer de particulares, quer de empresas, embora a maioria se tenha mostrado reticente em dar esses dados.
O Santander Portugal e o BCP falam em valores de cerca de mil milhões de euros até hoje, tendo em conta que passou uma semana desde que a lei entrou em vigor.
O Novo Banco não avançou números, mas disse estar “em linha com o sector”. O jornal recorda que a instituição liderada por António Ramalho reportou 10,3 mil milhões de euros em crédito à habitação no ano passado.
O BPI, por sua vez, referiu que o seu valor das moratórias no crédito à habitação está abaixo deste valor.
Já a Caixa Geral de Depósitos, que também não quis avançar números, admitiu que o valor superou os mil milhões. Tal como recorda o Económico, isto não é de estranhar, uma vez que o banco público tem a maior quota de mercado (23,6 mil milhões).
Por fim, o Crédito Agrícola, que tem uma carteira de crédito à habitação de 4,14 mil milhões, admite que 50% desse montante seja impactado pela moratória.
A 26 de março, o Conselho de Ministros aprovou um conjunto de medidas extraordinárias para famílias e empresas no combate à pandemia de covid-19, entre as quais a moratória de créditos, com uma duração de seis meses, até 30 de setembro deste ano.