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A Curiosity também sabe tirar selfies em Marte (e explica como)

O rover da NASA, Curiosity, está em Marte, mas é uma celebridade da Internet na Terra, como mais de quatro milhões de seguidores no Twitter. Foi nesta rede social que o rover explicou como tira selfies no Planeta Vermelho.

Em comunicado, Doug Ellison, operador de câmara Curiosity da Jet Propulsion Laboratory (JPL), disse que “a melhor maneira de explicar seria deixar o veículo mostrar a todos do seu ponto de vista sobre exatamente como é feito”.

Esta selfie da Curiosity foi captada a 26 de fevereiro, pouco antes de iniciar a sua caminhada para Greenheugh Pediment, o terreno mais íngreme que já subiu. Antes disso, o rover usou a sua Mars Hand Lens Camera (MAHLi), montada na torre no final de seu braço, para tirar a selfie.

O rover capturou, na verdade, 86 imagens que foram transmitidas de volta para a Terra, que foram fundidas para criar a selfie panorâmica de 360°. Na imagem, vê-se o rover cerca de 3,4 metros abaixo de Greenheugh Pediment. À frente, há um buraco que perfurou enquanto colhia amostras de um leito de rocha chamado “Hutton”.

E, pela primeira vez, a Curiosity usou uma outra câmara para capturar imagens do processo. As câmaras de navegação em preto e branco no mastro do Curiosity mostram que teve de manobrar o seu braço robótico para agir como um selfie stick. O braço e a torre foram movidos para estar em frente ao veículo espacial e tiveram de ser muito movimentados para capturar as 86 imagens.

As imagens do processo foram aceleradas em 130 vezes.

O MAHLI captura apenas uma pequena área de cada vez, uma vez que o seu principal objetivo é fornecer uma visão aproximada de grãos de areia e texturas de rochas, agindo como uma lupa.

Após tirar a selfie, a Curiosity chegou ao topo do Greenheugh Pediment a 6 de março. O pequeno veículo espacial, durante a subida, estava inclinado a 31°, quase atingindo o recorde de 32° da Opportunity.

Desde 2014 que a Curiosity percorre o Monte Sharp, uma montanha de cerca de 5.000 metros de altura, localizada no centro da cratera Gale. A sua missão é estudar se o ambiente marciano poderá ter abrigado algum tipo de vida microbiana há milhares de milhões de anos.

ZAP //

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