O ator sueco, que trabalhou com Ingmar Bergman em mais de uma dezena de filmes, morreu este domingo, aos 90 anos, revelou a família à revista francesa Paris Match.
“É com o coração partido e uma infinita tristeza que sentimos a extrema dor de vos anunciar a partida de Max von Sydow a 8 de março de 2020”, anunciou a mulher, Catherine Brelet, à agência France Press.
Nascido em 1929 no seio de uma família de classe média-alta, de pai etnólogo e mãe professora, Max von Sydow estudou na Escola Real de Drama de Estocolmo para ser ator de teatro e fez teatro durante alguns anos, apesar de ter obtido o primeiro papel no cinema, ainda durante o curso, no filme “Bara en mor”, de Alf Sjöberg.
No cinema, a carreira incluiu papéis tão diversos como o imperador Ming, em “Flash Gordon” (1980), o artista Frederick em “Ana e as suas irmãs” (1986) o padre Lankester Merrin, em “O Exorcista”, (1973), ou Jesus Cristo em “The Greatest Story Ever Told” (1965).
Mas foi com o realizador sueco Ingmar Bergman que teve a colaboração mais longa, tendo entrado em mais de uma dezena de filmes, entre os quais “O Sétimo Selo” (1957), “Luz de inverno” (1963) e “O amante” (1971).
Foi nomeado para o Óscar de melhor ator num filme de língua estrangeira pelo papel em “Pelle, o Conquistador” (1987).
Mais recentemente, Max von Sydow entrou na série “A Guerra dos Tronos”, na qual interpretou o “corvo de três olhos”, e “Guerra das Estrelas: O despertar da força”.
Max von Sydow tinha nacionalidade francesa desde 2002 e vivia em França com a realizadora e produtora Catherine Brelet. Foi condecorado com a Ordem da Legião de Honra de França em 2011.
Em 2008, Max von Sydow esteve em Portugal, a convite do festival Fantasporto.
ZAP // Lusa