/

Montijo. Costa diz que “não é legítimo” qualquer município bloquear uma obra de interesse nacional

Manuel Almeida / Lusa

O primeiro-ministro não está disposto a largar o Montijo e insiste na urgência de se avançar com a construção da nova infraestrutura aeroportuária.

António Costa disse, esta quarta-feira, que “não é legítimo” que qualquer município limite projetos de interesse nacional, afirmando que a decisão sobre a localização para a construção do novo aeroporto do Montijo foi tomada em 2014 e 2015.

Após uma “reunião de emergência”, que decorreu em Lisboa, com os autarcas da Moita, Seixal, Barreiro, Alcochete, Montijo e Lisboa, destinada a “encontrar pontos de entendimento” sobre a construção do aeroporto do Montijo, Costa disse que se deve “respeitar a continuidade contratual” quanto à construção do aeroporto do Montijo.

Não faz sentido discutir o que já foi discutido antes de 2014”, afirmou o primeiro-ministro, recusando voltar à discussão sobre a localização do novo aeroporto, tema que foi abordado ao longo dos últimos 60 anos, com 17 localizações em estudo.

Além disso, António Costa destacou a urgência de se avançar com a construção de uma nova infraestrutura aeroportuária, indicando que o aeroporto de Lisboa “está a rebentar pelas costuras”.

Sobre o parecer desfavorável de alguns autarcas, o governante referiu que a solução passa por “minorar os impactos” da localização Montijo.

Os presidentes das Câmaras da Moita e do Seixal, os comunistas Rui Garcia e Joaquim Santos, reiteraram, esta quarta-feira, a posição contra o projeto de construção do aeroporto do Montijo, mas afirmaram estar disponíveis para dialogar com o Governo.

A conclusão mais relevante do encontro foi a marcação de novo encontro para a segunda quinzena de março.

“A conclusão da reunião foi continuarmos a conversar, mas naturalmente saímos na base das mesmas posições que tínhamos antes, uma análise aos impactos fortemente negativos que esta opção tem sobre o território do concelho da Moita”, disse o autarca Rui Garcia, recusando uma inversão da posição do município, que emitiu parecer desfavorável.

Mas não fechamos a porta a continuarmos a conversar“, sublinhou Rui Garcia, recusando a utilizar palavras como “intransigência e inflexibilidade” para classificar o parecer desfavorável do município da Moita, escreve o Observador.

Para que o aeroporto possa avançar, o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, defendeu no Parlamento a alteração da lei, mas o PSD e os partidos à esquerda já se mostraram contra a hipótese.

ZAP // Lusa

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.