Os pandas vermelhos (Ailurus fulgens) não são uma espécie única, mas antes duas distintas, de acordo com uma nova investigação levada a cabo por cientistas da Academia Chinesa de Ciências.
Depois de analisar o ADN de 65 destes pequenos mamíferos de sete populações diferentes, os cientistas encontraram divergências substanciais entre duas espécies: os pandas vermelhos chineses (Ailurus fulgens styani) e os pandas vermelhos dos Himalaias (Ailurus fulgens fulgens), tal como escreve o jornal britânico The Guardian.
Os pandas vermelhos chineses podem ser encontrados no sudeste do Tibete e no norte de Myanmar, enquanto que os pandas vermelhos dos Himalaias vivem no Tibete e no Nepal.
O portal Newsweek frisa que estas duas espécies filogenéticas distintas agora determinadas foram separadas há cerca de 22 milhões de anos.
O reconhecimento da existência de duas espécies distintas pode ajudar a orientar os esforços de conservação deste mamífero que habita as florestas altas da Ásia, consideram os cientistas, que publicaram os resultados da investigação na revista Science Advances.
Estes animais estão em perigo de extinção: existem apenas 10.000 espécimes.
Um estudo anterior tinha já identificado duas variedades de panda vermelho, mas sem precisar se estas variedades representavam uma única espécie ou duas. No novo estudo, os cientistas concluíram agora que se tratam efetivamente de duas espécies.
“Desde 1902, o panda vermelho é classificado como duas subespécies (…) No entanto, a classificação de subespécies ou espécies permaneceu controversa durante um longo período de tempo”, disse Yibo Hu, um dos autores do artigo, ao Newsweek.
Na publicação, os cientistas frisam que é necessário evitar o cruzamento destas duas espécies em cativeiro para preservar a “singularidade genética” das duas espécies.