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Descobertos jardins de corais em misteriosos desfiladeiros subaquáticos

Uma equipa de cientistas encontrou jardins de corais no fundo do mar, durante uma expedição oceânica de um mês na costa do sudoeste da Austrália.

A equipa de investigadores da Universidade da Austrália Ocidental (UWA) explorou áreas nunca antes vistas do desfiladeiro submarino de Bremer, com a ajuda de um veículo operado remotamente apelidado de SuBastian.

“Já fizemos várias descobertas notáveis no Bremer Canyon”, adiantou a líder da expedição, Julie Trotter, em comunicado. “As falésias e cordilheiras verticais sustentam uma impressionante variedade de corais do fundo do mar que hospedam uma variedade de organismos e formam numerosos mini-ecossistemas”.

Os cientistas investigaram o desfiladeiro, a cerca de 3.900 metros de profundidade, e recolheram vários “produtos” biológicos e amostras geológicas. Um dos principais objetivos da expedição era recolher amostras de corais vivos e fósseis das águas profundas do sistema, ao largo da costa sudoeste da Austrália.

Segundo o Newsweek, a análise dos corais fósseis deste habitat no fundo do mar pode ajudar os cientistas a reconstruir registos ambientais oceânicos, recentes e de longo prazo, incluindo informações sobre como certos fatores se alteraram ao longo do tempo – como a temperatura, o pH da água e os nutrientes.

Por sua vez, estes registos podem abranger décadas, séculos ou até milénios, iluminando assim as tendências ambientais de longo prazo do oceano. Além disso, informações como estas fornecem dados valiosos sobre a forma como os corais respondem a vários tipos de stress, muitas vezes causado pelo próprio ser humano.

Os dados recolhidos pelos cientistas vão também fornecer informações sobre mudanças físicas no Oceano Antártico, alterações que são fundamentais para o sistema climático global, devido ao seu importante papel na regulamentação do fornecimento de calor e nutrientes aos principais oceanos do mundo.

“Estas águas originam-se na Antártica, alimentam todos os principais oceanos e regulam o nosso sistema climático”, resumiu Malcolm McCulloch, outro membro da expedição.

ZAP //

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