Cangalheira acusada de serrar cadáveres “à medida” do caixão

See Wah / Flickr

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Uma cangalheira sul-africana que ordenou à sua equipa que serrasse as pernas de um cadáver, por este ser demasiado grande para caber num caixão, já compareceu em tribunal para responder à acusação de mutilação.

Ronel Mostert, que geria uma agência funerária em Grahamstown, compareceu na quarta-feira no tribunal daquela cidade do sul do país, depois de um dos seus empregados ter denunciado um segredo com três anos.

Mostert ordenou alegadamente aos seus subordinados “que arranjassem uma serra de mesa e cortassem as pernas” ao cadáver de um homem de 33 anos, porque era “demasiado alto para caber no caixão”, de acordo com documentos do tribunal, citados pela agência de notícias francesa AFP.

O funcionário da funerária que denunciou o caso, Siphamandla Dyasi, disse que o incidente o assombrava desde então e que, por isso, decidira confessar.

“Ainda oiço o som da serra de mesa na minha cabeça, não aguentava mais. Durante todos estes anos, tenho tido dificuldades em dormir”, declarou, num depoimento escrito, acrescentando que Mostert os ameaçou de despedimento se contassem a alguém o que acontecera.

Os restos mortais do homem foram exumados no âmbito da investigação policial e apresentavam marcas de queimaduras no ponto onde as pernas foram serradas.

A polícia indicou que surgiram mais acusações de mutilação de cadáveres na agência funerária de Mostert desde que este caso foi divulgado, no mês passado.

O processo foi adiado até 27 de junho para se proceder a mais investigações.

/Lusa

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