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Airbnb e TripAdvisor entre as empresas que lucram com a ocupação israelita da Palestina

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Rusty Stewart / Flickr

As Nações Unidas divulgaram uma lista de 112 empresas envolvidas em práticas comerciais prejudiciais à preservação dos diretos humanos do povo palestiniano em territórios ocupados por Israel.

O Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas divulgou uma lista de 112 empresas envolvidas em práticas comerciais prejudiciais dentro do território ocupado da Palestina. Airbnb, TripAdvisor e General Mills são algumas das empresas visadas no relatório. Em causa estão atividades específicas que levantam preocupações sobre os direitos humanos na Cisjordânia.

De acordo com a VICE, o Airbnb e o TripAdvisor foram incluídos devido à prestação de serviços de apoio à manutenção e existência de assentamentos, incluindo transporte. A Motorola, por exemplo, também é visada por fornecer equipamentos de vigilância e identificação para assentamentos, para o muro da Cisjordânia e para pontos de verificação.

Este relatório surge no seguimento de uma investigação para perceber “as implicações dos assentamentos israelitas nos direitos civis, políticos, económicos, sociais e culturais do povo da Palestina em todo o território palestiniano ocupado, incluindo Jerusalém Oriental”.

Para além das empresas beneficiarem dos assentamentos israelitas nestes territórios, as autoridades de Israel também incentivam as empresas a levarem para lá os seus negócios. Para as Nações Unidas, esta é um clara infração dos direitos humanos da população palestiniana.

O fornecimento de equipamentos e materiais para facilitar a construção e expansão dos assentamentos e do muro; o fornecimento de equipamentos para a demolição de habitações e propriedades; e o despejo de lixo nas aldeias palestinianas estão entre as atividades dolosas reportadas pelo Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas.

“A publicação deste banco de dados é um primeiro passo concreto muito significativo de qualquer entidade da ONU para responsabilizar empresas israelitas e internacionais que possibilitam e lucram com os assentamentos ilegais de Israel, que constituem um crime de guerra” escreveu o movimento BDS (Boicote, Desinvestimento, Sanções).

“Agora é hora de todas as instituições públicas […] pararem de contratar, adquirir ou investir nas empresas listadas, para evitar cumplicidade no regime de ocupação militar e apartheid de Israel”, lê-se ainda.

ZAP //

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