A eutanásia foi o tema mais falado na reunião desta quinta-feira da bancada social-democrata. Rui Rio vais dar “completa liberdade de voto” aos deputados, mas ignorou o referendo.
Os deputados do PSD têm liberdade para decidir como votar a questão da eutanásia, mas a hipótese de um referendo não se põe, pelo menos para já. Esta quinta-feira, na reunião do grupo parlamentar, Rui Rio pediu aos deputados que não se envolvessem em discussões sobre o tema.
No arranque da reunião, o líder social-democrata começou por afirmar que é favorável à despenalização da morte medicamente assistida e tendencialmente desfavorável à ideia de um referendo.
Depois de no último fim de semana ter sido aprovada uma moção que defendia a realização de uma consulta popular promovida pelo PSD, e uma vez que os deputados do PSD terão liberdade de voto nesta questão, Rio não quis que a reunião desta quinta-feira se centra-se neste tema.
“Pediu que não se fizesse uma defesa acalorada das duas posições”, disseram ao Expresso deputados presente na reunião.
Há dois anos, a aprovação caiu por terra por apenas cinco votos. No entanto, desta vez, a história pode reescrever-se de forma diferente, dado que a composição do Parlamento é mais favorável à despenalização. O CDS e o PCP, partidos frontalmente contra a despenalização, perderam deputados, enquanto que os partidos tendencialmente a favor – PS e Livre – ganharam força.
A questão do referendo ficou “sem resposta“, segundo as mesmas fontes ouvidas pelo semanário. Apesar de Rio ter ignorado o referendo, vários deputados pediram reflexão sobre o assunto, lembrando os apelos da sociedade civil e a moção aprovada no congresso do partido.
Em relação à Eutanásia não tenho ainda uma ideia totalmente definida. Preciso de maturar tudo consideravelmente e perceber em que medida o meu voto favorável ou de censura poderá condicionar a liberdade de outros, admitindo que possam ter crenças e convicções e/ou momentos /experiências de vida diferentes dos meus.
Mas em relação ao aborto sou totalmente favorável. Quando olho para a nossa classe política e dirigente lembro-me sempre do que um simples preservativo ou uma interrupção da gravidez tinha proporcionado a todo um povo.