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Justiça investiga ligações familiares no Crédito Agrícola

Depois do caso da mulher do presidente do Crédito Agrícola, Licínio Pina, o banco está envolvido numa nova polémica, tendo chegado uma queixa-crime ao Ministério Público devido a “potencial conflito de interesses”.

De acordo com o jornal Público, que avança a notícia esta quarta-feira, um grupo de 120 associados da Caixa Agrícola de Salvaterra de Magos e Benavente enviou uma queixa-crime ao Ministério Público (MP) devido a “potencial conflito de interesses”.

O Crédito Agrícola tem nos seus órgãos sociais vários membros com ligações familiares próximas entre si. O presidente executivo José Moreira é irmão do atual presidente da mesa da assembleia-geral, que já foi administrador da instituição ribatejana, em que o contabilista é seu genro que, por sua vez, é cunhado de um gerente de balcão e sobrinho do presidente.

O Público escreve que estes membros são acusados de negócios cruzados. Os associados reclamam a “inação” da Caixa Central, que agrega sob sua alçada 80 Caixas regionais, em relação a esta situação, que se arrastará “há muitos anos”.

Em reação, Licínio Pina disse ao mesmo jornal que não tem ferramentas para intervir imediatamente em casos de conflitos de interesse. Já José Moreira respondeu à acusação referindo que trabalham na Caixa de Salvaterra de Magos dois sobrinhos seus, que terão sido “admitidos por concurso” antes de o atual presidente assumir o cargo.

A queixa-crime dos 120 associados foi também reportada ao Banco de Portugal.

No fim do ano passado, o Crédito Agrícola esteve envolvido em polémica depois de se saber que a esposa de Licínio Pina, presidente do Grupo Crédito Agrícola, recebeu desde 2016 e o final de 2018 uma subvenção mensal de cerca de dois mil euros para dar “estabilidade emocional” ao marido. A subvenção foi decidida para compensar a sua esposa por ter prescindido da sua carreira de professora para dar apoio ao marido.

ZAP //

 

 

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