MP investiga publicação de sindicato sobre doenças de mulher detida na Amadora

Tiago Petinga / Lusa

O Ministério Público vai investigar a publicação do Sindicato Unificado da Polícia no Facebook, que insinuava que a mulher detida na Amadora sofria de doenças graves.

A informação foi confirmada pela Procuradoria-Geral da República, esta quarta-feira, à rádio TSF, na sequência da queixa da Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial, entretanto remetida para o Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, que deu origem a um inquérito.

Em causa está uma publicação no Facebook do Sindicato Unificado da Polícia de Segurança Pública (PSP), na qual se referia ao caso da mulher que foi detida na Amadora e que acusa o polícia de agressão.

A publicação na rede social, que depois foi apagada, era acompanhada de algumas fotografias que retratavam o “estado” em que o agente terá ficado após a ocorrência, com o sindicato a dizer que esperava que este não tenha apanhado “doenças graves”.

Na sequência deste post, a Inspeção Geral da Administração Interna (IGAI) também abriu um inquérito ao sindicato em causa, “tendo solicitado à Direção Nacional da PSP que sobre a mesma se pronuncie”.

A mulher alega ter sido agredida na paragem de autocarros e dentro da viatura da PSP em direção à esquadra de Casal de São Brás, na Amadora. A polícia afirma, por sua vez, que a mulher reagiu de forma “agressiva” e que o agente utilizou “a força estritamente necessária para o efeito face à sua resistência”.

A mulher ficou indiciada do crime de resistência e coação sobre agente da autoridade e sujeita à medida de coação de termo de identidade e residência. O polícia não foi constituído arguido.

Esta segunda-feira, o novo diretor da PSP, Magina da Silva, afirmou que aquilo que viu no vídeo foi “um polícia a cumprir as suas obrigações e as normas que estão em vigor na PSP”, não tendo visto “qualquer infração”.

ZAP //

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