A Caixa Geral de Depósitos (CGD) registou um lucro de 776 milhões de euros em 2019, um aumento de 57% face aos 496 milhões de euros registados em 2018.
A Caixa Geral de Depósitos registou um lucro líquido de 776 milhões de euros em 2019, o que corresponde a um aumento de 56,5% face ao ano anterior, suportado na melhoria dos resultados em Portugal, na atividade internacional e na venda de subsidiárias no exterior.
Segundo o Jornal de Negócios, as vendas dos bancos na África do Sul, por 215 milhões, e em Espanha, por 384 milhões, contribuíram para esta grande evolução. Ainda assim, sem o impacto destas duas vendas, o resultado líquido da CGD teria sido de 632 milhões de euros, o que corresponderia a uma subida de 27% face aos lucros de 2018.
“O resultado extraordinário de 144 milhões de euros está relacionado com o processo de venda das subsidiárias internacionais, sendo, maioritariamente, decorrente da reversão de imparidades constituídas em 2017”, indica o relatório de resultados do banco público.
A margem financeira consolidada caiu em mais de 4%, para os 1.132 milhões de euros, graças às taxas de juro em níveis historicamente baixos e aos “elevados reembolsos antecipados de crédito por parte de entidades públicas”.
A compensar a quebra da margem financeira esteve a evolução positiva das comissões, dos resultados em operações financeiras e a redução dos custos.
Segundo o jornal económico, as comissões aumentaram 4,5% e totalizaram 501,9 milhões de euros; os custos totais, incluindo gastos com pessoal e os gastos gerais administrativos, totalizaram 965 milhões de euros, uma redução de 2%; e os resultados em operações financeiras atingiram os 82,5 milhões de euros, um aumento de 173% face a 2018.
Feitas as contas, o produto global da atividade da Caixa cresceu mais de 7% e ultrapassou os 1.884 milhões de euros.
Caixa reduziu 575 trabalhadores em 2019
A Caixa Geral de Depósitos reduziu 575 trabalhadores em 2019, segundo as contas anuais divulgadas esta sexta-feira pelo banco público.
De acordo com a apresentação das contas do ano passado, o grupo CGD tinha no final de dezembro na atividade em Portugal 7.100 funcionários, o que compara com os 7.675 que tinha em final de 2018.
Esta redução de funcionários está em linha com as afirmações que o presidente da CGD, Paulo Macedo, fez ao longo do ano passado sobre as saídas de pessoal previstas no total de 2019 através de pré-reformas, rescisões por mútuo acordo e não renovação de contratos a termo.
A CGD tem estado num processo de redução de trabalhadores desde que foi recapitalizada e negociou o plano de reestruturação com a Comissão Europeia.
Quanto à rede comercial, a CGD refere nos resultados divulgados que tinha 548 pontos de contacto com os clientes no final de 2019 em Portugal, sendo que este número inclui agências mas também extensões e gabinetes de empresas.
Na apresentação dos resultados, José de Brito, administrador financeiro do banco, disse que desde 2016 o grupo bancário já reduziu em 20% o número de trabalhadores.