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Espanha quer “assaltar” o lugar de Centeno no Eurogrupo

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Rodrigo Antunes / Lusa

O ministro das Finanças, Mário Centeno

Nadia Calviño, a número dois do Governo Espanhol, assume-se como favorita para assumir a presidência do Eurogrupo, caso o ministro das Finanças português, Mário Centeno, decida não entrar na corrida.

A notícia é avançada esta terça-feira pelo jornal espanhol El País, que recorda que a vice de Pedro Sánchez é especialista na área, tendo já sido funcionária da Comissão Europeia.

Terá cerca de seis meses para preparar um eventual “assalto” à cadeira de Centeno.

O diário frisa, contudo, que este é, para já, um rumor de bastidores, que apenas ganhará força se Mário Centeno decidir deixar o Governo português e, consequentemente, o Eurogrupo. Para concorrer à presidência do Eurogrupo, recorde-se, é necessário que o candidato seja ministro das Finanças de um país da Zona Euro.

Está tudo nas mãos do ministro português, cuja gestão no Eurogrupo tem gerado algum descontento junto dos alemães, segundo o jornal espanhol que adianta mesmo, citando fontes diplomáticas, que o ministro das Finanças da Alemanha, Olaf Scholz, apoiaria uma eventual candidatura da socialista Nadia Calviño.

Mário Centeno pouco ou nada tem dito sobre uma eventual candidatura à presidência do Eurogrupo. “O meu mandato termina a 13 de julho. Irei decidir sobre se vou candidatar-me ou não a um segundo mandato mais perto da data”, afirmou há duas semanas o governante português numa entrevista ao jornal alemão Süddeutsche Zeitung.

No fim de dezembro, Centeno disse em entrevista ao semanário Expresso, que não vê qualquer incompatibilidade se o ministro das Finanças passar a ser Governador do Banco de Portugal, alimentando o mistério em torno do seu futuro político.

“Isso está escrito em algum sítio do Tratado? Não vejo nenhum conflito de interesses. Dou dois exemplos: um dos vice-presidentes do BCE foi ministro das Finanças de Espanha. E o meu colega eslovaco também transitou das Finanças para o banco central”.

Vários políticos e comentadores têm também vaticinado que Mário Centeno é um ministro “a prazo” e que não cumprirá os quatro anos da legislatura.

ZAP //

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