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Chuva nas salas, confrontos com facas e venda de droga. Bloco pede explicações sobre Escola de Baltar

Agrupamento de Escolas Daniel Faria

Escola Secundária Daniel Faria, em Baltar (Paredes)

A situação “é preocupante” nas palavras do Bloco de Esquerda que exige explicações ao ministro da Educação sobre a Escola Secundária Daniel Faria, em Baltar, Paredes, no distrito do Porto. Chove nas salas de aula, há amianto a preocupar alunos, pais e professores, e problemas de segurança, com confrontos entre alunos a envolverem facas e venda de droga no interior da Escola.

Pais e professores da Escola Secundária Daniel Faria, em Baltar, manifestaram-se no arranque do segundo período lectivo, neste início de ano, depois das férias natalícias, para se queixarem das condições de segurança, de saúde e de conforto. Fizeram greve às aulas para alertarem para um problema que leva o Bloco de Esquerda (BE) a pedir justificações ao Governo, falando de uma situação “preocupante”.

“Chove nas salas de aula, não existem condições mínimas de conforto, a maioria das portas das casa-de-banho está partida, pavilhão sem as mínimas condições, sem água quente nos balneários”, refere o BE, realçando que há “problemas graves de aquecimento do edificio e com amianto na sua estutura”.

Deste modo, o Bloco pergunta ao ministro da Educação se tem “conhecimento da situação” e quando vai “realizar as obras necessárias para a reposição de condições regulares de utilização da escola”. O partido também quer saber para quando está prevista “a remoção do amianto da escola“.

A direcção da Escola não se tem pronunciado sobre a situação, mas pais e alunos estão muito descontentes e preocupados.

“A escola é demasiado pequena para tantos problemas”, lamenta o estudante Pedro Barbosa, representante dos alunos no Conselho Geral da Escola Secundária Daniel Faria, em declarações à Rádio Renascença.

“São os alunos que costumam levar mantas e alguns aquecedores para as salas, para não custar tanto a passar o tempo lectivo. Os professores, inclusive, facilitam-nos a vida e dizem-nos para não escrever, porque torna-se impossível”, relata este aluno.

“Uma vez estava a fazer um teste e caiu-me uma pinga que molhou o teste inteiro“, conta a estudante Eliana Magalhães, também em declarações à Renascença.

Esta jovem do 11.º ano diz que já assistiu a “confrontos com armas brancas” no interior da escola, notando que “uma vez, dois alunos estavam à luta e um deles puxou um canivete e ameaçou o outro”.

Há relatos de “agressões em todo o lado, seja entre alunos, de alunos contra professores, de pais contra professores” e “a droga sempre foi algo normal aqui“, conta ainda Eliana Magalhães. Haverá venda e consumo de droga no interior do estabelecimento de ensino.

“Já chegámos ao cúmulo de termos a ambulância do INEM dos Bombeiros de Baltar e o carro patrulha da GNR aqui à porta da escola quase todos os dias“, vinca Pedro Barbosa.

A Direcção-Geral de Educação vai reunir-se com a direcção da escola, com alunos, pais e professores durante esta semana, conforme apurou a Renascença.

ZAP //

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