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Morales acusado de desviar fundos públicos para o Podemos

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Jeanine Áñez, líder do Governo interino da Bolívia, acusa Evo Morales de desviar fundos públicos para ‘partidos irmãos’ na Europa através de contratos fraudulentos.

Enquanto era presidente da Bolívia, Evo Morales pagou 1,3 milhões de euros à consultora Neurona Consulting por 169 “mini vídeos” e GIFs para as redes sociais. Esta empresa é também responsável por gerir a imagem online do partido espanhol Podemos, de Pablo Iglesias.

A investigação publicada esta segunda-feira pelo diário espanhol El Mundo, dá conta que estes conteúdos serviriam “para exaltar as conquistas do executivo”.

Na altura em que Morales fez o pagamento pelos serviços, a Neurona Consulting tinha como assessor Juan Carlos Monedero, cofundador do Podemos. Monedero viria a abandonar a empresa, em 2015, e, três meses mais tarde, a consultora mexicana passou a prestar serviços de propaganda digital para o Podemos durante as eleições em Espanha.

Jeanine Áñez, líder do Governo interino da Bolívia desde o exílio de Morales, acusa agora o antigo presidente de criar um esquema de contratos fraudulentos com a Neurona Consulting. O objetivo seria desviar fundos públicos para ‘partidos irmãos’ na Europa, nomeadamente o Podemos.

Agora, pedem-se satisfações a Pablo Iglesias. O atual vice-presidente do Governo espanhol terá de elucidar se, de facto, houve ou não recebimento indevido de fundos vindos de outros países — prática proibida pela lei espanhola. O Ministério Público boliviano chama Iglesias e Monedero a prestar declarações em relação ao caso.

Durante a presidência de Morales foram celebrados quatro contratos com a Neurona Consulting, que estão agora a ser investigados. A investigação estende-se a outros membros do anterior executivo e calcula-se que tenha lesado o Estado boliviano em 1,7 milhões de euros.

ZAP //

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