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Colocaram três crocodilos mortos no fundo do mar (e descobriram uma nova espécie)

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Uma equipa de cientistas decidiu levar a cabo uma experiência para ver como é que as criaturas das profundezas do oceano reagiam à presença de uma fonte incomum de alimento. Inesperadamente, descobriram uma nova espécie.

Cientistas do Marine Consortium da Universidade do Louisiana, nos Estados Unidos, colocaram três crocodilos mortos em diferentes partes do Golfo do México para realizar uma experiência e acabaram por descobrir inesperadamente uma nova espécie.

Segundo o Gizmodo, a equipa estava interessada em saber qual seria a reação dos habitantes das profundezas do mar assim que se deparassem com uma fonte alimentar incomum. Além disso, queriam também analisar de que forma o material dos ambientes terrestres enriquece as redes alimentares em ambientes oceânicos.

Assim, no início do ano passado, os investigadores colocaram três cadáveres de crocodilo ao longo da encosta do norte do Golfo do México, a profundidades de cerca de 2.000 metros. Inicialmente, os cientistas pensaram que a pele dura dos animais seria difícil de rasgar e que os corpos permaneceriam intactos durante um longo período de tempo. No entanto, a hipótese acabou por se mostrar errada.

Os necrófagos começaram a consumir os corpos dos crocodilos, de cerca de dois metros de comprimento, 43 horas após os cientistas terem depositado os cadáveres no fundo do mar.

De acordo com o artigo científico, publicado a 20 de dezembro na PLOS One, o corpo de um réptil, com 1,7 metros de comprimento, estava completamente desprovido de tecidos moles 51 dias após o início da experiência.

Mas o mais surpreendente é que, além dos anfípodos crustáceos que se reuniram em torno do esqueleto do crocodilo, os cientistas detetaram uma espécie até agora desconhecida do género Osedax, um grupo de vermes que se alimentam de ossos – conhecidos como “vermes zombie“.

“Os Osedax alimentam-se dos lípidos que se encontram dentro dos ossos de muitos tipos de vertebrados”, disse ao matutino um dos co-autores do estudo, River Dixon. “Confirmamos que se trata de uma nova espécie depois de compararmos o ADN dos animais que encontramos com o ADN das espécies conhecidas de Osedax.

Segundo o investigador, a equipa descobriu que o ADN era diferente o suficiente para qualificar as novas amostras de material genético como uma nova espécie. Esta é a primeira vez que um Osedax é visto no Golfo do México e é o primeiro exemplo registado de vermes que “mastigam” ossos de crocodilo.

ZAP //

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