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Cientistas modificaram os genes de tomates (e agora vão poder ser cultivados no Espaço)

Milhões de colheitas todos os anos exigem a extração de terras e a adição de fertilizantes excessivos que correm para rios e ribeiros. Agora, cientistas criaram tomates modificados geneticamente para serem cultivados nas cidades – e até no Espaço.

No início deste ano, o Painel Intergovernamental das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (IPCC) alertou que mais de 500 milhões de pessoas vivem da terra, já degradadas pela desflorestação, mudanças nos padrões climáticos e uso excessivo de terras agrícolas viáveis.

Uma mudança de uma parte do fardo da atividade da agricultura das áreas rurais para zonas urbanas e outras áreas está a ser trabalhada por uma instituição de investigação sem fins lucrativos chamada Cold Spring Harbor Laboratory, que está a projetar “tomates para agricultura urbana”.

Estas frutas são geneticamente modificadas e parecem um ramos de rosas que foram substituídas por tomates-cereja maduros. De acordo com um comunicado do laboratório, os tomates crescem muito rápido e estão prontos para a colheita em menos de 40 dias. Além disso, são amigos do ambiente.

O professor do Cold Spring Harbor Laboratory e investigador do Howard Hughes Medical Institute, Zach Lippman, e a sua equipa criaram os novos tomates ajustando dois genes que controlam a mudança do crescimento reprodutivo e o tamanho da planta, os genes SELF PRUNING (SP) e SP5G, que fizeram com que a planta parasse de crescer mais cedo e que as flores e frutos surgissem mais cedo.

Porém, os cientistas sabiam que alterar muito estes genes, mexeria no seu sabor e rendimento. Assim, a equipa descobriu recentemente o gene SIER, que controla o comprimento das hastes. A mutação do SIER com a ferramenta de edição de genes CRISPR e a combinação com as mutações nos outros dois genes criaram caules mais curtos e plantas extremamente compactas.

Estes tomates geneticamente modificados podem ser cultivados com eficiência em espaços urbanos apertados, como jardins verticais e unidades de armazenamento com facilidade e podem ser colhidos rapidamente.

Além disso, Lippman planeia reformular esta técnica, publicada na revista científica Nature Biotechnology, para produzir outras culturas frutíferas, como kiwis. O investigador garantiu que a NASA já expressou o seu interesse pela investigação e acredita que os astronautas podem testar as suas habilidades de agricultura com tomates urbanizados e com preços espaciais.

ZAP //

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