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PSD acusa Governo de “omissão” sobre polémica com RTP

Mário Cruz / Lusa

O PSD levou esta quinta-feira a debate no parlamento a situação na RTP e o caso do lítio para acusar o Governo de “omissão”, e enfrentou uma barragem de críticas no plenário.

Num debate de atualidade na Assembleia da República, acerca da situação na RTP, marcado antes da demissão da diretora de informação, Maria Flor Pedroso, na segunda-feira, o deputado Paulo Rios considerou que o caso que começou com o cancelamento da reportagem sobre “o escândalo do lítio” atingem o Governo e a ministra da Cultura, Graça Fonseca.

O PSD levou esta quinta-feira a debate no parlamento a situação na RTP e o caso do lítio para acusar o Governo de “omissão”, e enfrentou uma barragem de críticas no plenário.

Num debate de atualidade na Assembleia da República, acerca da situação na RTP, marcado antes da demissão da diretora de informação, Maria Flor Pedroso, na segunda-feira, o deputado Paulo Rios considerou que o caso que começou com o cancelamento da reportagem sobre “o escândalo do lítio” atingem o Governo e a ministra da Cultura, Graça Fonseca.

“O Governo, que tão intrusivo esteve nestes episódios, desaparece de cena e quem tem a respetiva tutela e deveria reagir, a ministra da Cultura, remete-se a um silêncio que não ajuda, não resolve nem tranquiliza ninguém”, disse.

Para Paulo Rios, a polémica traduz-se numa “jornalista silenciada”, Sandra Felgueiras, e uma “suspeita de frete ao Governo e ao PS” com o cancelamento de uma reportagem e que traria “dano” aos socialistas em vésperas das legislativas.

O deputado social-democrata afirmou que a RTP é obrigada a deveres de isenção e independência que podem ter sido postos em causa.

“E quando falamos especificamente de jornalismo e informação livre e isenta, quem passa o cheque não pode mandar e, no caso da RTP, quem passa o cheque é o Governo e quem paga são os portugueses. Mas a RTP não é do Governo”, insistiu.

Na segunda-feira, 16 de dezembro, Maria Flor Pedroso colocou o seu lugar à disposição por considerar não ter “condições para a prossecução de um trabalho sério”, no âmbito do conflito que envolveu a diretora de informação da televisão da RTP e o programa “Sexta às 9” coordenado por Sandra Felgueiras, que envolveu uma investigação sobre o ISCEM, tendo a administração aceitado.

Em causa está um relato feito pela coordenadora do programa, em 11 de dezembro, numa reunião com o Conselho de Redação (CR) a propósito do programa sobre o lítio, em que adiantou que o “Sexta às 9” estava a investigar suspeitas de corrupção no âmbito do processo de encerramento do Instituto Superior de Comunicação Empresarial (ISCEM), que passava pelo alegado recebimento indevido de “dinheiro vivo”.

Nesse âmbito, Sandra Felgueiras acusou Maria Flor Pedroso de ter transmitido informação privilegiada à visada na reportagem [diretora do ISCEM, Regina Moreira], o que a diretora de informação da RTP “rejeitou liminarmente”, de acordo com as atas do CR e com a posição enviada à redação pela diretora de informação da RTP na passada sexta-feira, a que a Lusa teve acesso.

// Lusa

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