Segundo a secretária de Estado para a Integração e as Migrações, 2018 foi o ano em que os estrangeiros mais contribuíram para a Segurança Social.
As contribuições dos trabalhadores estrangeiros para a Segurança Social ultrapassaram os 651 milhões de euros no ano passado, revelou a secretária de Estado para a Integração e as Migrações, Cláudia Pereira, à TSF.
Este é o “valor mais alto que alguma vez a segurança Social arrecadou dos imigrantes” lembrando que “o valor também contribui para pagar pensões”. Além disso, este valor é mais do dobro do que foi registado em 2013, nota o documento.
De acordo com o Público, no ano passado, os imigrantes contribuíram oito vezes mais do que receberam para a Segurança Social. Os dados do relatório sobre a imigração publicados pelo Observatório das Migrações (OM) mostram que houve um saldo positivo de 651 milhões de euros entre as contribuições dos imigrantes para os cofres do Estado (746,9 milhões de euros) e os benefícios que obtiveram com prestações sociais (95,6 milhões).
Há mitos em relação à imigração que estes números vêm desconstruir, “como o de que as políticas de imigração falharam os que as fronteiras estão fora de controlo”. “O número de imigrantes em Portugal só subiu quando aumentou a necessidade de mão-de-obra.”
Segundo o relatório divulgado, os imigrantes “serão cada vez mais necessários para conduzir à sustentabilidade do sistema de Segurança Social português”. Os dados contrariaram “o argumento defendido em alguns países europeus de que a imigração tem iminentemente objetivos de maximizar apoios públicos e, assim, desgastar as contas públicas das sociedades de acolhimento”.
Em 2018, residiam em Portugal 480 mil estrangeiros, o número mais alto de sempre. Ainda assim, a percentagem em relação à população total de 4,1% fica abaixo da média de 7,8% da União Europeia. Um em cada quatro imigrantes é brasileiro, mas, segundo as estatísticas da Pordata, foi o número de nepaleses e franceses os que mais cresceram em Portugal na última década.
