(h) Polícia Italiana / EPA
Um funcionário da galeria de arte Ricci Oddi, na cidade italiana de Piacenza, encontrou por acaso a obra mais procurado do pintor austríaco Gustav Klimt. Estava na própria galeria, onde a obra terá sido roubada em 1997.
A pintura – o famoso “Retrato de uma Senhora”, pintada por Klimt em 1917 – foi encontrada numa parede externa do prédio, segundo conta a agência Reuters.
De acordo com a polícia local, um jardineiro estava a limpar a fachada da galeria quando encontrou um painel de metal na parede. Depois de retirar o painel, o funcionário percebeu que existia um alçapão entre a parede interna e externa.
Em declarações à imprensa italiana, o jardineiro disse que no interior do painel encontrou uma caixa envolvida num saco de plástico e acho que era lixo, mas decidiu chamar os seus superiores. O saco guardava, afinal, uma obra procurada há duas décadas.
Segundo a mesma agência noticiosa, este é o segundo quadro mais valioso na lista de obras de arte desaparecidas em Itália, ficando apenas atrás de uma pintura de Caravaggio, roubada de uma igreja na Sicília, em 1969.
A obra está agora a ser examinada para determinar a sua autenticidade. No entanto, existem alguns detalhes – como os selos na parte de trás da tela – que indicam que se tratará do original, segundo responsáveis da galeria de arte.
“Seria o melhor presente de Natal“, admitiu a vice-presidente da galeria, Laura Bonfanti, em declarações ao jornal britânico The Telegraph.
Um roubo de duas décadas
A pintura foi roubada em 1997, quando a galeria preparava uma exposição do artista austríaco. A Polícia interrogou todos os funcionários da galeria, mas o caso acabou por ser arquivado por um juiz por falta de provas.
O detetive Roberto Riccardi, que supervisiona a unidade do património cultural, não descarta a possibilidade de a pintura estar na galeria durante todo este tempo.
Acredita-se que os ladrões tenham escondido a obra para recuperá-la mais tarde, plano que acabou por fracassar devido ao tumulto criado pelos média e pelo aumento imediato de segurança na galeria. Meses após o desaparecimento da obra, conta ainda a TSF, uma réplica do quadro foi apreendida pelas autoridades, o que veio aumentar ainda mais o mistério em torno da pintura.
Tantos erros ou melhor distrações! “chamar os seus interiores”! deveriam querer dizer “os seus superiores”, mais à frente “julgado por um juiz por falta de provas”, será que não seria arquivado por um juiz, por falta de provas?
Cara Ana Rosendo,
Obrigado pelo seu reparo. Está corrigido.