Grande parte (95%) dos adolescentes em Portugal consegue comprar tabaco sem qualquer entrave dos estabelecimentos comerciais, escreve o jornal Público, citando uma investigação recentemente divulgada.
A conclusão é de um estudo científico publicado na revista Drug and Alcohol Dependence e resultou de de 2.444 inquéritos e entrevistas a jovens com uma média de 15 anos.
Apesar do elevado número que disse não ter fumado no último mês ou nunca ter experimentado (83,5%), Teresa Leão, primeira autora da investigação, frisa ao jornal Público que os há outros números no documento que são preocupantes.
“Neste artigo compreendemos que, em Portugal, a legislação atual relativa ao tabagismo (parcial e fracamente fiscalizada) não está a ser suficiente para travar os adolescentes (menores de idade) a ter acesso ao tabaco ou fumar”, lamenta a investigadora da Escola Nacional de Saúde Pública, da Universidade Nova de Lisboa.
Os números mostram que a grande maioria (95%) dos adolescentes que tentou comprar cigarros conseguiu fazê-lo diretamente em fontes comerciais (máquinas de venda ou vendedores) e que 73% dos alunos diz ser fácil ou muito fácil comprar tabaco.
“Também reportam que é muito comum verem fumar à volta da escola (84% dos alunos vê colegas e professores fumar do lado de fora dos portões da escola), assim como em bares e cafés (97%) e restaurantes (70%) (…) Tudo isso normaliza o tabaco”, alerta.
Os inquiridos revelaram que é fácil comprar tabaco, dando conta que os comerciantes não costumam pedir a identificação. “É muito fácil [comprar cigarros], porque eles só querem ganhar dinheiro (…). Nunca me pediram [cartão de cidadão]”, elenca o matutino como um dos exemplos ouvidos durante a investigação.
Porque não se determina locais únicos e controlados, com identificação própria ( leitura da íris ou impressão digital) para venda de tabaco. Deste modo seria possível controlar a venda a menores e não só..