Jazz, uma girafa bebé, foi abandonada pela mãe à nascença. Hunter, um pastor belga malinois, acarinhou-a desde o primeiro momento. A amizade durou três semanas, uma vez que o pequeno Jazz acabou por morrer.
Há três semanas, Jazz, uma pequena girafa bebé, foi acolhida com poucos dias de vida num orfanato de animais na África do Sul. A girafa foi rápida a fazer amigos: depressa criou uma ligação especial com Hunter, um cão que lá vivia.
A girafa foi encontrada já desidratada, por um agricultor que a entregou no orfanato. Há poucos dias, o animal começou a perder a força nas pernas e acabou mesmo por morrer de hemorragia cerebral.
“Colapsou de repente, vimos sangue a acumular nos seus olhos. O ritmo cardíaco de Jazzie caiu. O seu amigo Hunter sabia que algo estava mal porque, de repente, ficou ao lado girafa sem ir lá fora. Jazz deu o seu último suspiro com o Hunter“, escreveu o orfanato.
A equipa do orfanato desconfia que a mãe de Jazz suspeitava da doença da sua cria, tendo sido por isso que a abandonou – ao contrário de Hunter, que nunca largou a girafa. “Agora sabemos que Jazz não teve uma mãe má. Ela apenas sabia.”
Ainda assim, é possível que o pastor belga malinois também tenha tido a mesma intuição, mas optou pelo comportamento contrário ao da mãe. A história prova que a capacidade de amar dos cães não é um exclusivo que reservam aos humanos, mas sim uma consequência provável de um gene que a ciência já identificou, avança o Expresso.
Os cientistas que estudam o comportamento dos cães podem não ficar surpreendidos com esta amizade improvável, uma vez que estes animais podem não ser apenas o melhor amigo do homem, mas sim o melhor amigo – sem nenhuma distinção.
Experiências anteriormente realizadas neste campo revelaram que se um cão for criado com uma ovelha será o melhor amigo da ovelha. Aquilo que torna os cães tão especiais poderá não ser a capacidade de compreender os humanos, mas a de ter emoções e de amar.
Uma equipa de investigadores da Universidade Estatal do Arizona, nos Estados Unidos, concluiu que, sem contacto com humanos, os cães conseguem ser animais selvagens, tanto quanto outros. No entanto, a exposição dos cães aos humanos ou a outros seres vivos torna-os dóceis.
Já a facilidade com que criam relações tem a ver como uma predisposição natural para uma hipersociabilização.
Uma outra equipa, liderada por Bridgett vonHold, bióloga molecular na Universidade de Princeton, identificou genes nos cães que, nos humanos, podem ser associados com a síndrome Williams-Beuren, uma desordem genética que tem, entre outras consequências, a de uma excessiva pulsão para fazer amizades.
Ainda assim, os cientistas não sabem se a existência destes genes nos cães é uma decorrência de uma história iniciada há mais de 15 mil anos, quando os humanos começaram a alimentá-los.
As mães humanas no passado também sabiam das doenças dos filhos mesmo sem irem ao médico mas elas agora se transformaram em autómatos e nada sabem estando dependentes de tudo e todos.
totalmente de acordo
A verdade é que os humanos tem coragem de abandonar os seus bebés sem motivos, estejam eles doentes ou não. Isso é o que mais me decepciona no género humano. Nesse caso é melhor criar um cachorro ou um gato.
Não é um pastor alemão, e sim um pastor belga malinois.
Obrigado pelo reparo, está corrigido.
“A história prova que a capacidade de amar dos cães não é um exclusivo que reservam aos humanos”
E com esta, o lobby dos cães aqui do ZAP arrasa em definitivo qualquer tentativa do lobby dos pequenos felinos em se sobrepor ao poderio dos cães.
Os cães amam tudo. Sobretudo comer e dormir 🙂