O candidato à liderança do PSD Luís Montenegro considerou, em entrevista ao jornal Sol, que o partido enfrenta a sua “pior fase de sempre”, revelando ainda que já tem em mente o candidato à Câmara de Lisboa para as autárquicas.
“Quando o PSD tem o pior resultado de sempre nas eleições europeias, quando o PSD tem o pior resultado de sempre em eleições legislativas, como é possível desvalorizar essas derrotas? Como é possível ficar satisfeito porque se conseguiu ganhar a uma sondagem? Eu pergunto aos militantes do PSD como é possível termos o nosso partido com esta mentalidade?”, começou por dizer na entrevista esta segunda-feira divulgada pelo Sol.
“Não é possível. O meu PSD não é este. O meu PSD é um PSD que quer ganhar e que quando perde assume a derrota. Não vale a pena dourar a pílula. Nós estamos na pior fase de sempre do PSD. Vou-lhe dizer porquê: (…) não temos a maioria das câmaras em Portugal, não temos a maioria dos deputados no Parlamento Europeu e não temos a maioria dos deputados na Assembleia da República. Procurem na história do PSD uma altura em que isto tenha acontecido tudo em simultâneo”.
O antigo líder parlamentar de Pedro Passos Coelho considerou que o Governo socialista vai durar os quatro anos da legislatura e mostrou-se preparado, caso consiga chegar à cadeira de Rui Rio, para enfrentar quatro anos de oposição.
“É [um tremendo desgaste fazer oposição] em qualquer partido. Mas estou habituado a isso. Seis anos na liderança do grupo parlamentar foi um desgaste a que nunca ninguém tinha sido sujeito no PSD desde o 25 de Abril. E eu estive. Só saí da liderança do grupo parlamentar porque atingi o limite de mandatos. Não tenho nenhum medo de estar quatro anos na oposição. Não tenho nenhum receio de liderar o PSD nestes quatro anos”.
As autárquicas de 2021 e a regionalização
Para as eleições autárquicas de 2021, Luís Montenegro que inverter os números – atualmente, os socialistas têm 159 câmaras, não chegado o PSD às 100.
“Pretendo inverter estes números apresentando candidaturas fortes por todo o país e apostando de uma forma muito clara naquelas que são as câmaras mais relevantes do ponto de vista político e eleitoral, a começar pela Câmara de Lisboa. Temos condições, temos quadros políticos, para poder apresentar uma candidatura vencedora e ganhar as eleições em Lisboa. E acho também que devemos fazê-lo noutras cidades que são igualmente alavancas de representação política autárquica – como o Porto, Coimbra, Gaia, Sintra, Viana do Castelo, Barcelos…”, elencou.
Questionado sobre se já tem um candidato para apontar à Câmara de Lisboa, Montenegro disse que sim, sem adiantar nomes. “Só está na minha cabeça”, disse ao Sol, recusando adiantar se já falou com a pessoa em causa.
“Sou contra uma regionalização pensada neste tempo. É completamente anacrónica”, disse quando questionado sobre o que vai propor como deputado sobre o tema.
“A regionalização também é uma forma de descentralização. Vou ser muito direto a responder a essa pergunta. Portugal vive hoje um processo de descentralização de competências da administração central para a administração local e intermunicipal. Não faz sentido confundir esse processo com a criação de um novo patamar de poder como sejam as regiões administrativas”, sustetou.
“Na minha opinião, está fora de hipótese recolocar o tema regionalização em cima da mesa por aquilo que fizemos e estamos a fazer. Agora, o que quero é uma descentralização efetiva, feita com os municípios e não a que se está a tentar implementar contra a vontade dos municípios e sem uma orientação que os portugueses percebam, nomeadamente através da melhor prestação de serviços públicos às populações”.
As eleições diretas para escolher o próximo presidente do PSD realizam-se em 11 de janeiro, com uma eventual segunda volta uma semana depois, e o congresso está marcado entre 7 e 9 de fevereiro, em Viana do Castelo.
O atual líder do PSD, Rui Rio, o vice-presidente da Câmara de Cascais, Miguel Pinto Luz, e Luís Montenegro são os candidato já oficializados à liderança do PSD.
Este monte-de-estrume-negro, deve estar esquecido dos bons tempos em que o PSD teve grandes líderes como o Marques Mendes, Santana Lopes, Luís Filipe Menezes ou até mesmo o Passos, onde ele conseguiu um manter um excelente tacho e ainda arranjou uns bons negócios para o seu escritório de advogados!…
Portanto, com ele, ainda há uma boa margem para o PSD piorar…
Parece que este advogadozeco reles é muito bom nos “ajustes directos::
“Montenegro faturou 400 mil euros em ajustes diretos de autarquias do PSD”
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