Ministra da Justiça visitou mãe que abandonou bebé no lixo

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José Coelho / Lusa

A mãe que abandonou o bebé no caixote do lixo em Lisboa está bem de saúde e a receber apoio psicológico, constatou a ministra da Justiça, que esta sexta-feira visitou a jovem na cadeia de Tires.

No final do breve encontro com a reclusa Sara Furtado, Francisca Van Dunem disse à agência Lusa que a mulher de 22 anos está a receber apoio psicológico, depois de ter sido submetida a uma avaliação por parte dos serviços. “Disse-me que tem estado a receber esse apoio”, disse Francisca Van Dunem.

A ministra lembrou que a responsabilidade da administração prisional é certificar-se de que estão a ser prestados todos os apoios médicos, psicológico, psiquiátrico, às reclusas e que o caso desta jovem não é exceção. “Saio daqui confortada com a ideia de que está tudo a funcionar como devia”, acrescentou.

A jovem sem-abrigo abandonou o seu filho recém-nascido num caixote do lixo em Lisboa e está, há uma semana, em prisão preventiva na cadeia de Tires (Cascais), indiciada por tentativa de homicídio. Fonte ligada ao processo disse que a jovem é calma, que está muitas vezes absorta no seu mundo e que um dos desejos que tem manifestado é o de voltar para Cabo Verde para recomeçar a vida.

O Supremo Tribunal de Justiça rejeitou esta quinta-feira o pedido de habeas corpus para a libertação da jovem, alegando que a arguida agiu de forma premeditada.

O pedido foi rejeitado devido ao facto de “a arguida de forma premeditada, ocultando a gravidez e munindo-se de um saco de plástico para o efeito, ter depositado o filho acabado de nascer num caixote de lixo na via pública”, pode ler-se no documento que fundamenta a rejeição, a que o semanário Expresso teve acesso.

“O bebé estava desnudo, gelado, com o cordão umbilical irregularmente cortado e coberto de sangue”, recordam os juízes conselheiros do STJ, considerando atos correspondem “à prática do crime de homicídio na forma tentada” e não ao crime de exposição ou abandono que os advogados alegavam no pedido de habeas corpus.

O comportamento da mãe “indicia a sua premeditação na prática dos factos”.

ZAP // Lusa

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4 Comments

  1. Esta sra aprendeu a promover-se com o “beijoqueiro” achando-se acima de tudo e de todos…!

    E tem o desplante de contrariar em atitude o Supremo Tribunal de Justiça que rejeitou o pedido de habeas corpus para a libertação da jovem, alegando que a arguida agiu de forma premeditada.”

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