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Fracking proibido no Reino Unido por poder causar “abalos sísmicos imprevisíveis”

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Após se terem registado tremores de terra num local de extração, um estudo confirma que o fraturamento hidráulico para exploração de gás natural pode provocar abalos sísmicos imprevisíveis. O setor britânico de energia tem defendido a adoção da técnica.

O Reino Unido anunciou este sábado a suspensão com de efeito imediato de todas as atividades de fraturamento hidráulico, ou fracking, após um estudo científico ter lançado dúvidas acerca da segurança deste método de extração.

Segundo a AP, a decisão seguiu-se à publicação de um relatório da Autoridade de Óleo e Gás (OGA) confirmando que a controvertida técnica de extração de gás natural implica risco elevado de provocar tremores de terra de magnitude imprevisível.

O setor britânico de combustíveis fósseis tem vindo a pressionar as autoridades reguladores britânicas no sentido de autorizarem a aplicação desta técnica na exploração de gás de xisto.

O anúncio foi saudado pelos ambientalistas, que há muito se opõem ao fracking, método que envolve a fratura de rochas subterrâneas com água e substâncias químicas a alta pressão. Além dos sismos, os seus desastrosos efeitos colaterais podem incluir a contaminação de reservas hídricas e do solo.

Em nota, o Departamento de Comércio e Energia do Reino Unido, adiantou que “trabalhos exploratórios para determinar se o xisto poderia ser uma nova fonte de energia no Reino Unido foram suspensos – a menos e até que se forneçam novas provas de que podem ser realizados em segurança aqui”.

No fim de agosto foi registado um tremor de 2,9 graus num local de exploração gerido pela empresa de energia britânica Cuadrilla, próximo de Blackpool, no noroeste de Inglaterra. Após investigar o incidente, a OGA decidiu avançar para a proibição da técnica.

“Tendo revisto o relatório da OGA sobre atividade sísmica recente, está claro que não podemos excluir futuros impactos inaceitáveis sobre a comunidade local“, declarou a secretária de Estado britânica para Assuntos Econômicos, Energia e Estratégia Industrial, Andrea Leadsom.

A notícia chega numa altura em que o primeiro-ministro Boris Johnson se prepara para as eleições de 12 de dezembro, marcadas pelo Brexit, mas em que as questões climáticas também estão presentes. Até agora Johnson tinha apoiado os argumentos da indústria do setor, segundo os quais o fracking seria uma forma de reduzir as importações de gás.

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5 Comments

  1. Estão todos desesperados por energia. O fracking hidráulico inventado e patenteado e implementado pelo famoso membro governo de Bush, o dick cheney.
    Envenenam a terra com químicos para retirar bolhas de gás aprisionadas na rocha de xisto. NAO AO FRACKING

  2. Não vai haver problema nenhum. Eu até sei quem vão afundar mais depressa. Um problema maior é que vão arrastar outras regiões. Ásia setentrional e central, costa leste/sul norte americana, (quando as ditas reservas acabarem), e os Estados membros da OPEP tiverem adquirido o que tem de interessante para dominarem todos. Cá para mim vai sair um tiro pela culatra. Eu adoro estadistas borrados. Há,!! e huppis ainda mais.

  3. esta conversa extremista de ambientalistas meios malucos ,grande parte friques da passa ! causa alguma estranheza sabendo que em muitos paises do mundo se faz extraçao mineira ,como o canada em que usam cargas de mais de uma tonelada de dinamite de cada vez, em exploraçoes mineiras e nunca se ouvio dizer que estavam a provocar terramotos! as vibraçoes do fracking nem se aproximam dessas grandezas ! no meio disto tudo existe muitos interesses ,noticias falsas, e pouca ciencia

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