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Finanças encontram “despesas ilegais” no valor de 1,6 milhões na Câmara Municipal de Almada

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CDU Almada / Facebook

Joaquim Judas, ex-presidente da Câmara de Almada

Uma auditoria da Inspeção-Geral das Finanças à gestão da Câmara Municipal de Almada no período de 2014 a 2016, quando era presidida pelo comunista Joaquim Judas, encontrou “despesas ilegais” de 1,6 milhões de euros.

“Despesas ilegais” no valor de 1,6 milhões de euros foram encontradas nas contas da Câmara Municipal de Almada numa auditoria da Inspeção-Geral das Finanças, avança esta terça-feira o jornal Público. O valor foi detetado nas contas compreendidas entre os anos 2014 e 2016, durante a presidência do comunista Joaquim Judas.

No entanto, este valor poderia ser ainda maior, uma vez que a auditoria analisou apenas uma parte dos contratos. A CDU de Almada defende-se dizendo que “há diferentes interpretações” sobre a aplicação da lei e que as acusações de ilegalidade são “excessivas”.

Os inspetores das Finanças concluíram que existem “diversas irregularidades e insuficiências de natureza administrativa, bem como indícios de infrações de natureza penal e financeira” na gestão da Câmara. O relatório será agora enviado “às entidades judiciais competentes”, ou seja, tanto para o Ministério Público como para o Tribunal de Contas.

No documento são apontados problemas administrativos, alguns resultantes da utilização de sistemas informáticos obsoletos, mas sobretudo problemas de procedimentos e controlo interno. Dos contratos analisados, em “54% dos procedimentos por ajuste direto”, “o convite só foi dirigido a uma entidade”. O ajuste direto foi a forma de contratação mais utilizada pelo município, em 85% dos processos (154 empreitadas).

Um dos casos detetados que ilustram as irregularidades prende-se com a compra de relógios e telemóveis para oferecer a trabalhadores com mais de 25 anos de casa. Contratos potencialmente danosos são outros dos casos identificados como estando associados a estas alegadas despesas ilegais.

Perante estas conclusões, a CDU afirmou, em comunicado, que no que diz respeito a estas “consideradas ilegalidades”, sobretudo no que diz respeito à aquisição dos relógios e telemóveis, é “excessivo” que se considere ilegal “uma decisão de pura gestão política”.

Já em relação às “desconformidades” encontradas, a CDU vai buscar uma ideia ao próprio relatório para dizer que há “diferentes interpretações das normas legais aplicáveis às autarquias locais e que tal poderá ter conduzido e determinado a existência de algumas das desconformidades identificadas”.

Por fim, segundo o matutino, a CDU deixa uma nota final a considerar positivo que não seja indicada nem indiciada “a prática de qualquer ato de corrupção”.

ZAP //

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7 Comments

  1. investiguem também a de Loures onde o genro do Cassete Jerónimo mama forte e feito a mudar meia dúzia de lâmpadas. Há quem diga que há meses que mama mais de 15 mil euros… dos nossos. E o autarca, também um belo comunista, ainda fica ofendido quando se fala disto. Ofendido fico eu e os contribuintes portugueses por saber que a corja de parasitas que nos governam levam tudo o que podem.

  2. A ser verdade é mais um a juntar-se ao longo rol de piratas tipo mumia cavaca, tecnoforam, porcas, socrates, assassino duarte lima e tantos outros.
    O povo é sereno e continua a votar como se isso fosse mudar a sua triste realidade.

  3. Não há politico que se salve. São todos os LADRÕES sejam de que lado for. Está mais que provado que Politico = CORRUPÇÃO = LADRÕES. Nós trabalhadores andamos a trabalhar a pagar IMPOSTOS bem ALTOS não para nós mas p/ os politicos. Senão reparem p/ eles nunca foi NADA retirado ou reduzido p/ o povo não há NADA – está tudo esmifrado até á medula. A saúde e educação que são os aliceces de um país estão um CAOS. Quem tem dinheiro ainda se safa nos privados senão bem morre. Trabalhadores somos ESCRAVOS dos politicos. Zeca Afonso cantou mt bem: ELES COMEM TUDO E NÃO DEIXAM NADA – é o que está acontecer já a umas décadas.

  4. E só foram ver as contas do ultimo autarca. Era bom verificar os anos de mandato da Maria Emília. Quanto dinheiro voou por baixo da mesa

  5. Engraçado… Esta notícia foi “fabricada” pela actual gestão camarária.

    Nunca, em tantos anos de governação nesta autarquia, existiram tantos contratos por ajuste directo como desde há dois anos.

    Nunca houve tantos assessores como há agora. O Judas tinha UM assessor (péssimo, por sinal). Esta senhora tem alguns 50 e continuam a aumentar. Até os assessores têm assessores.

    Os relógios sempre foram oferecidos aos trabalhadores que ao longo dos tempos concluíram 25 anos de casa – desde o tempo da Maria Emília. E nunca se falou tanto disto como desde que esta gestão tomou posse. Os telemóveis não foram oferecidos aos funcionários mas sim aos filhos dos mesmos por altura do natal, algo que a actual gestão fez questão de eliminar, à semelhança das creches e das colónias de férias por alegarem não existirem “meios”. Mas pagou mais de 200 mil euros em Junho por altura das festas populares a uma dúzia de artistas. Só o José Cid recebeu 17.500 euros. E, por falar em ajustes directos, porque não comentar as muitas contratações nessas condições que têm sido feitas entre as quais, por exemplo, uma de 75.000 euros apenas e só para organizar eventos? Eventos que dão como esgotados e depois andam a distribuir bilhetes dando-os como vendidos para dizerem “à boca cheia” que os ingressos foram todos vendidos? Assim é fácil fazer política. E ainda mais com que não se goste dela ou dos que se dizem políticos.

    Se foram feitas más escolhas e gestões no anterior executivo? Talvez! Estranho, no entanto, que a CMA sempre tenha sido a autarquia mais auditada do país e uma das únicas cujas contas eram positivas. O prazo médio de pagamento aos fornecedores era de 13 dias! Hoje – sim, hoje – as contas estão descontroladas e o município já conta com um passivo negativo, algo que nunca aconteceu. Mas deve ser ainda do executivo anterior…

    Então e andar a oferecer vouchers de férias do Inatel quando se é Vice-presidente da Instituição como é o caso da Sra. Inês de Medeiros, não é pouco transparente?

    Sim… O Zeca Afonso tinha, de facto razão. Mas de que lado está a razão? Lamento pelo Joaquim Judas que foi literalmente atirado aos leões, está a ser sacrificado e ninguém parece fazer – por vontade ou incapacidade – resistência. No meio de todo este lamaçal isso é o que mais custa. Onde raios anda a oposição?

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