Uma nova investigação, liderada pela Universidade de Yale, confirma uma teoria antiga sobre o último grande evento de extinção em massa da História e de que forma esse evento afetou os oceanos da Terra.
Restos fósseis de algas calcárias ofereceram a primeira prova direta de que o evento de extinção em massa do Cretáceo-Paleogeno, há 66 milhões de anos, coincidiu com um aumento acentuado da acidez dos oceanos.
De acordo com os cientistas, a colisão de um asteróide aniquilou os dinossauros e causou uma extinção em massa na Terra. No entanto, havia uma outra hipótese em cima da mesa: a de que os ecossistemas estavam sob pressão devido ao aumento do vulcanismo.
“Os nossos dados não apoiam uma deterioração gradual das condições ambientais há 66 milhões de anos”, resumiu Michael Henehan, do Centro de Pesquisa em Geociências GFZ, na Alemanha, citado pelo Europa Press. O investigador e a sua equipa publicaram, no dia 21 de outubro, um artigo científico na Proceedings of the National Academy of Sciences, no qual descrevem a acidificação do oceano durante o período referido.
A equipa analisou os isótopos do elemento boro nas conchas calcárias do plâncton (foraminíferos) e concluiu que houve um impacto repentino que levou à acidificação maciça dos oceanos, que levaram milhões de anos para se recuperarem da acidificação.
Em comunicado, Henehan explica que o impacto do corpo celeste deixou vestígios: a cratera Chicxulub, no Golfo do México, e pequenas quantidades de irídio nos sedimentos. Até 75% de todas as espécies animais foram extintas naquele momento, revela ainda.
Os investigadores reconstruiram as condições ambientais dos oceanos usando fósseis de núcleos de perfuração em águas profundas e rochas formadas naquela época. De acordo com a investigação, após o impacto, os oceanos tornaram-se tão ácidos que os organismos que formam as suas conchas de carbonato de cálcio não conseguiram sobreviver.
Quando as formas de vida nas camadas superiores dos oceanos se extinguiram, a absorção de carbono pela fotossíntese nos oceanos foi reduzida pela metade. Este estado durou várias dezenas de milhares de anos, antes de as algas calcárias se espalharem novamente. Além disso, passaram vários milhões de anos até a fauna e a flora se recuperarem e o ciclo de carbono atingir um novo equilíbrio.
Numa visita à Holanda, os cientistas encontraram provas destas descobertas numa camada muito grossa de uma rocha originária do Cretáceo-Paleogeno, que está preservada numa caverna. “Nesta caverna, acumulou-se uma camada particularmente grossa de argila imediatamente após o impacto”, explica Henehan. “Na maioria dos ambientes, o sedimento acumula-se tão lentamente que um evento tão rápido quanto o impacto de um asteróide é difícil de resolver no registo das rochas.”
Graças a esta quantidade extremamente grande de sedimentos, os cientistas conseguiram extrair fósseis suficientes para analisar e chagar a esta conclusão.
A seita da ciência é pródiga em imensas teorias. Ela mal consegue acertar no boletim meteorológico do próprio dia mas pretende saber o que aconteceu há uns dias atrás. Curioso.
“A seita da ciência…”
A ignorância misturada com as religiões está a dar um belo resultado!…
Quando estiveres doente, não recorras à ciência – vai rezar e depois anda cá contar o resultado!
Também não devias usar equipamentos iinventados por cientistas… com as tuas limitações, a vida numa caverna parece-me apropriada!…
Boa viagem para longe ciência!
Ora, ora agora já não foi um grande problema vulcanico que originou a grande noite nem, ou o movimento do eixo terrestre!