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Há um caso Tancos na Grécia

Paulo Cunha / Lusa

Guarita abandonada no complexo militar de Tancos

Foram roubados mísseis anti-tanque, granadas e munições de uma base naval da ilha de Leros, junto à Turquia. Há militares suspeitos de conivência.

A 11 de setembro, as autoridades gregas descobriram que uma parte do material de guerra de uma base naval na ilha de Leros, perto da Turquia, tinham desaparecido dos paióis, um cenários que nos é muito familiar.

Segundo o Expresso, o roubo foi descoberto após um inventário de rotina do material bélico, sendo que mais recente tinha sido realizado oito meses antes, no final de dezembro de 2018, um hiato temporal mais do que suficiente para os ladrões se livrarem do armamento e vendê-lo a terceiros.

O furto veio revelar graves falhas de vigilância e causou bastante polémica na comunicação social grega, um pouco à imagem do que se sucedeu em Portugal após o furto de Tancos.

Três militares gregos, que tinham a palavra-passe para aceder àquela área, estão sob suspeita por conivência com os assaltantes que foram retirando o armamento a conta-gotas desde o início do ano. Entre o material furtado encontram-se mísseis anti-tanque, munições e granadas de mão.

As suspeitas da autoria crime são apontadas a um grupo terrorista de extrema-esquerda grego, mas também a mercenários estrangeiros colocados em bases turcas. O primeiro-ministro, Kyriakos Mitsotakis, sugeriu que se trata de um trabalho interno ou feito por grupos das forças especiais, uma vez que o transporte do equipamento não seria fácil e exigiria conhecimento especializado.

Até ao momento, na Grécia, não houve quedas de ministros nem de chefias do Exército.

ZAP //

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