Em comparação com 2017, e já com as alterações feitas e com a atualização prevista para janeiro de 2020, os produtos e serviços da Caixa de Geral de Depósitos vão custar mais 133 euros.
A Caixa Geral de Depósitos (CGD) aumentou, em média, 73% os custos para clientes, avança o Jornal de Notícias esta segunda-feira, adiantando que o aumento se refere a apenas três anos, período que coincide com a tomada de posse de Paulo Macedo como presidente do banco público.
De acordo com o diário, que cita dados da Deco, considerando a atualização anunciada para janeiro de 2020 e somando todos os aumentos no preçário, existe um agravamento de cerca 133,80 euros em taxas e comissões.
Apesar de poder chegar ao final de 2020 com menos 100 balcões físicos em relação a 2017, a CGD agravou em 60% as transferências interbancárias feitas pela Internet (de 0,52 para 0,83 euros) no espaço de três anos. Por sua vez, as transferências feitas ao balcão custam 6,24 euros e tiveram um aumento de 9%.
As contas à ordem, com ordenado domiciliado, passaram a estar isentas apenas para quem tiver cartão de débito e crédito com utilização nos últimos três meses (ambos com custos). Além disso, a partir de 2020, os utilizadores da aplicação MB Way vão passar a pagar 88 cêntimos por operação.
Nuno Rico, economista da Deco Proteste, disse ao JN que “esta estratégia de aumento do preçário na CGD é muito semelhante à dos cinco maiores bancos privados”. “Estamos a falar de um banco público que devia dar o exemplo. Não é uma questão económica, mas, sim, moral. A CGD até chega a estar na vanguarda nesta política de comissionamento.”