A Sony confirmou esta terça-feira que a sua próxima consola de videojogos, a PlayStation 5. Numa publicação no blog oficial da PlayStation, a empresa também confirmou o que já havia sido antecipado pela Wired: a PS5 será lançada no final de 2020.
Jim Ryan, chefe da divisão de gaming da Sony, e Mark Cerny, que lidera a equipa de design da Sony para a nova consola, aproveitaram para confirmar alguns outros detalhes que, desde a revelação do projeto em abril de 2019, ficaram relativamente ambíguos.
Um desses pontos é a questão da tecnologia ray tracing, uma tendência da indústria e que a nova geração de consolas promete ter. Os executivos temiam que os utilizadores tivessem entendido mal o anúncio feito em abril, atribuindo o ray tracing da PlayStation 5 a algum tipo de ferramenta via software e, consequentemente, não real.
“Haverá aceleração gráfica de ray tracing dentro da GPU. Creio que essa era a novidade que as pessoas estavam à procura”, confirmaram.
A instalação dos jogos deverá ser diferente: para começar, será obrigatória para todos os título da nova consola. Além disso, a PlayStation 5 vai permitir uma análise mais aprofundada dessa instalação: “Em vez de olharmos para um jogo como um único bloco gigante de dados, vamos permitir ao utilizador um acesso mais metódico“, explicou Cerny.
Segundo a Wired, isso pode significar funções inovadoras, como por exemplo um utilizador optar por instalar apenas a campanha principal (single player) de um jogo, deixando quaisquer outros componentes para depois.
O comando
O joystick da PlayStation 5 deverá ter um visual relativamente semelhante à geração atual, mas com inovações exclusivas. Uma delas é a adição de um sensor háptico. “Vamos substituir a função ‘rumble’, presente nos comandos desde a quinta geração de consolas.
Com isto, pode realmente sentir uma gama maior de perceções, então bater com um carro numa parede terá um retorno muito diferente do que, digamos, um jogador derrubar alguém num campo de futebol americano”, lê-se na publicação. “Poderá até mesmo ter várias sensações de texturas quando caminha por campos de relva ou se arrasta na lama”.
A segunda mudança é o que a Sony chama de “gatilhos adaptáveis”:
“Incorporamos nos botões L2 e R2. Poderão ser programados para que o jogador tenha a sensação tátil de puxar a linha de um arco (para disparar a flecha) ou acelerar um veículo off road por um terreno rochoso. Combinando isso com o sensor háptico, podemos produzir uma experiência poderosa que melhor estimula várias ações. Os criadores dos jogos já começaram a receber versões primárias do novo comando, e mal podemos esperar para ver o que a imaginação deles vai trazer com estas funções à sua disposição”.
No entanto, o design da PlayStation em si continua um segredo. A Sony recusou-se a comentar sobre potenciais visuais, uma vez que o kit de desenvolvimento e o produto na prateleira podem diferir bastante — estamos a mais de um ano do lançamento da consola.
ZAP // Canaltech