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Moedas de ouro valiosas ressurgem de naufrágio do século XIX nos EUA

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Arqueólogos marinhos da BWVI exploram o navio a vapor SS North Carolina

Uma escavação recente a um barco naufragado do século XIX, na Carolina do Sul, nos Estados Unidos, revelou algumas moedas de ouro “extremamente valiosas”. E pode ser apenas o começo de uma descoberta muito mais valiosa.

Desde setembro que os arqueólogos marinhos da Blue Water Ventures International (BWVI) estão a analisar os destroços do navio a vapor SS North Carolina, que afundou a 25 de julho de 1840, depois de colidir com o ‘irmão’ Governor Dudley. Todos os que estavam a bordo foram transferidos para o barco vizinho, não tenho havido mortes.

No entanto, a bagagem e a carga do navio afundaram, incluindo moedas que hoje em dia podem valer milhões de euros como, por exemplo, moedas de ouro da United States Mint (Casa da Moeda dos EUA) de Dahlonega, no Estado da Geórgia.

“Estes destroços do início de 1800 têm sempre o potencial de guardar moedas cunhadas norte-americanas raras e outros objetos exclusivos daquela época. Os EUA experimentaram uma corrida ao ouro nos estados da Geórgia e da Carolina do Norte nas décadas de 1820 e 1830”, explica ao IFLScience Keith Webb, presidente da BWVI.

Até agora, a equipa já recuperou três moedas de ouro norte-americanas de cinco dólares, duas das quais cunhadas em 1838 e outra em 1836. Todas estão em boas condições e serão conservadas, limpas e classificadas por uma empresa de conservação numismática.

(dr) BWVI

Algumas das moedas encontradas pela BWVI

Além disso, os arqueólogos marinhos encontraram mármore, louça e espigões de bronze que foram usados na construção do navio, que nos mostra um bocadinho como era a vida há quase dois séculos.

“Cada naufrágio é único à sua maneira. Este é uma pequena cápsula do tempo do início dos anos 1800 para ver e entender como é que a sociedade se encontrava naquela época, como viajavam, como eram os seus dias, há muitas pistas a descobrir”, acrescenta Webb.

O SS North Carolina está localizado ao largo da costa da Carolina do Sul entre profundidades de 18 e 24 metros. Os mergulhadores usam o método do levantamento magnético para detetar mudanças no campo magnético de minerais na areia e um magnetómetro para captar as propriedades magnéticas dos objetos de metal ou de ferro associados ao navio.

O próximo projeto desta equipa será realocar o navio norte-americano Pulaski, que afundou a 14 de junho de 1938, depois da explosão de uma caldeira que resultou na perda de 128 pessoas (apenas 59 sobreviveram). O navio foi encontrado em 2018 e apelidado de “Titanic do seu tempo”.

ZAP //

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