O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, pediu esta quinta-feira ao Governo britânico para publicar na íntegra o seu plano para o Brexit.
O apelo foi feito depois de o primeiro-ministro, Boris Johnson, ter sido acusado pelo seu homólogo irlandês, Leo Varadkar, de enganar o Parlamento sobre o impacto do plano na fronteira irlandesa.
Após uma conversa telefónica entre Juncker e Varadkar, ambos concordaram que o Reino Unido deveria abrir ao escrutínio público o texto apresentado na véspera. Até ao momento, o Executivo britânico divulgou apenas um documento explicativo de sete páginas sobre as suas propostas, insistindo que o texto completo, de 44 páginas, enviado à Comissão Europeia se mantenha confidencial.
“Queremos transparência e abertura agora. Vamos parar de brincar às escondidas”, disse uma fonte diplomática da União Europeia, citada pelo jornal britânico The Guardian. Outra fonte, do lado britânico, desvalorizou o pedido, afirmando ser “perfeitamente normal que textos legais propostos permaneçam confidenciais durante negociações detalhadas”.
Boris Johnson insistira que uma fronteira aduaneira na ilha da Irlanda não exigiria novas infraestruturas para verificações e controlos. Essa garantia entra “em contradição com os documentos apresentados pelo Governo”, anotou Varadkar. “Não percebo como podemos ter a Irlanda do Norte [província britânica] e a República da Irlanda [Estado-membro da UE] em uniões aduaneiras separadas e, de alguma forma, evitar a existências de tarifas, verificações e postos aduaneiros entre o norte e o sul”, acrescentou.
O Governo de Johnson propõe que todo o Reino Unido abandone o território aduaneiro da UE mas que a Irlanda do Norte permaneça no mercado comum da UE para bens se a assembleia norte-irlandesa concordar numa votação antes do fim do período de transição – e, em seguida, todos os quatro anos.
Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia em funções, já tinha reconhecido que a proposta apresentada pelo Governo britânico ainda tem “alguns pontos problemáticos”. Numa nota divulgada depois de uma conversa telefónica com Boris, Juncker “reconheceu avanços positivos, particularmente no que diz respeito ao completo alinhamento regulatório de todos os bens e do controlo dos bens provenientes da Grã-Bretanha que entrem na Irlanda do Norte”.
No entanto, o presidente da CE observou que “existem alguns pontos problemáticos que exigirão um trabalho suplementar nos próximos dias, principalmente no que diz respeito à governança do backstop“.
Bruxelas tem sublinhado, de acordo com o Expresso, que o acordo terá de estar finalizado antes da reunião do Conselho Europeu, agendada para os dias 17 e 18 de outubro. “Não se pode simplesmente chegar ao Conselho e dizer ‘aqui está o texto, é pegar ou largar’”, revelou uma fonte comunitária.
Os ingleses vão continuar a brincar com a UE como sempre e levar a deles avante!
Os ingleses têm o seu direito e os portuguêses devem-se preocupar com Portugal que está uma grande merd…O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker já foi 1.º Ministro do Luxembourg e foi um indesejado dos Luxemburguêses e agora como Presidente da Comissão Europeia diz coisas do arco da vela, pois de certeza é do bom vinho e Wuisque que os europeus pagam por ano para ele 80.000€ que depois anda bebado e se fosse outro, mas um Zé era corrido da União Europeia…