O furacão Lorenzo, atualmente na categoria 2 da escala Saffir-Simpson, “deverá passar com categoria 1” a oeste da ilha das Flores, esta quarta-feira, mantendo-se a previsão de que afetará todo o arquipélago dos Açores.
Segundo o comunicado emitido na noite de segunda-feira pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), o centro do furacão, que às 18h00 de ontem (mais uma hora em Lisboa) se encontrava “a aproximadamente 1.650 quilómetros a oeste/sudoeste dos Açores, deslocando-se para norte/nordeste a uma velocidade de 24 quilómetros por hora”, deverá “passar com categoria 1, na quarta-feira, ligeiramente a oeste das Flores”.
A escala de Saffir-Simpson mede a intensidade dos furacões entre os níveis 1 e 5, sendo 5 o nível mais intenso. Os seus efeitos deverão ser sentidos em todo o arquipélago, mas com maior intensidade no grupo Ocidental, que compreende as ilhas das Flores e do Corvo.
O IPMA prevê, para o grupo Ocidental, “vento sueste rodando para noroeste com rajadas na ordem dos 190 quilómetros por hora (com uma probabilidade de 40% de a rajada máxima ser superior a 200 quilómetros por hora), chuva por vezes forte e ondas de sul, passando a sudoeste com altura significativa entre 10 a 15 metros, podendo a altura máxima de onda atingir os 25 metros”.
Para este grupo, vigora aviso amarelo a partir das 18h00 desta terça-feira, que passa a laranja às 21h00, tendo sido emitido aviso vermelho entre as 00h00 e as 12h00 de quarta-feira, referente a vento e agitação marítima.
Apesar de perder intensidade, as ilhas estão a preparar-se para o pior e, amanhã, por ordem do governo regional, as escolas, creches, jardins de infância, centros de atividades ocupacionais e centros de dia serão encerrados.
De acordo com o jornal Público, os açorianos também estão precavidos. Esta segunda-feira, os animais já estavam a ser recolhidos, os objetos que estavam no exterior das casas guardados, os sistemas de drenagem de águas estavam a ser limpos e todas as embarcações do porto de Santa Cruz foram retiradas.
O jornal escreve que os bombeiros de Santa Cruz das Flores vão ter o programa SIG (Sistemas de Informação Geográfica) montado e vão receber um reforço de nove elementos. No total, 25 bombeiros vindos de São Miguel serão distribuídos pelas ilhas Flores, Pico e Graciosa.
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil também já informou que um contingente de 50 operacionais foi colocado em prontidão, para avançar prontamente caso seja solicitada ajuda pelo Governo açoriano.
ZAP // Lusa