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Ao som de Toy e da tuna, Rio garante resultado “muito honroso” e que se cair, “cai de pé”

Tiago Petinga / Lusa

Habituado a desvalorizar sondagens, Rui Rio espera um resultado “muito honroso” do PSD nestas legislativas. Em relação às críticas de Centeno, diz que já lutava pelo rigor nas finanças antes de Centeno “nascer para a política”.

No final de um jantar volante em Évora, Rio fez uma breve intervenção, em que garantiu que, se for primeiro-ministro, irá “colocar as convicções à frente dos votos” e canalizar investimento para os territórios onde ele é mais necessário, em especial no interior.

“Temos de pôr as nossas convicções à frente dos votos e não sermos eleitoralistas indo apenas ao sítio onde há votos”, apontou, no fim de um dia de campanha no Alentejo. O líder do PSD admitiu que a maior parte dos candidatos até pode dizer o mesmo, mas invocou a sua vida pública como garantia.

“Eu acho que tenho atrás de mim, para o bem e para o mal, uma vida pública que responde por isto: ou seja, quando tem de ser e eu acredito, eu faço mesmo, porque eu posso cair, mas quando caio, caio de pé, não dobro, em nome das convicções”, afirmou.

Segundo o Expresso, a música pautou a presença de Rio em Évora. Além de ter ouvido a tuna académica, foi acompanhado pela banda sonora inspirada na melodia de “Coração Não Tem Idade”, do cantor Toy. A letra foi alterada para encaixar na mensagem política do líder social democrata:

Anima-te
Motiva-te
Não ligues às sondagens, tens uma vitória para conquistar
Anima-te
Motiva-te
Não há nada melhor do que correr o país para te apoiar
Vais ganhar
É real
Governar o nosso Portugal
Vai Rui Rio
Vai Rui Rio

O líder do PSD prometeu que, dentro dos recursos disponíveis, tudo fará por “um Portugal mais justo, mais equilibrado e mais inteligente“, e voltou a recusar que alguma vez o PSD tenha tido 19 ou 20% nas intenções de voto, como apontaram algumas sondagens.

“Não sei quanto subimos, mas sei que estamos efetivamente a subir, sei que estamos efetivamente a convencer as pessoas, e sei que vamos ter um resultado muito honroso. E o mais honroso que gostaríamos de ter em 6 de outubro era a vitória para alterar o rumo da governação”, apelou.

Rio já cá estava antes de Centeno “nascer para a política”

Rio foi ainda questionado pelos jornalistas sobre as críticas de Mário Centeno, que na segunda-feira advertiu que o rumo seguido pelo atual Governo não pode ser colocado em causa e criticou o PSD por “efabular” com um perigoso choque fiscal.

É preciso ter muito descaramento ou desconhecer em absoluto o que é a minha obra na política, não só quando fui autarca, mas também quando fui deputado”, afirmou, acrescentando que “ainda o dr. Mário Centeno não era nascido para a política” e já ele travava “uma luta desde sempre pelo rigor nas finanças públicas”.

Para Rui Rio, as afirmações do ministro das Finanças demonstram “um desconhecimento absoluto ou uma falta de jeito para estas andanças”.

“O dr. Mário Centeno chegou à política há muito pouco tempo, eu já cá ando há muito tempo. Pelos vistos o dr. Mário Centeno não conhece a política portuguesa nem os seus principais protagonistas”, criticou.

Num comício do PS, na segunda-feira, Mário Centeno destacou os resultados do PS e, a seguir, passou ao ataque “à direita portuguesa que andava a clamar pela falta de crescimento”.

“O crescimento voltou a Portugal com este Governo, voltou a Portugal com António Costa. Sabem qual a razão de a direita ter a fábula de haver uma folga de 15 mil milhões de euros em 2023? Porque o PS colocou Portugal no mapa do crescimento. Mas não há espaço orçamental sem crescimento económico e isso eles ainda não conseguiram compreender”, afirmou o membro do Governo.

ZAP // Lusa

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