Uma equipa de cientistas descobriu um novo mineral numa partícula de diamante, encontrada a cerca de 170 quilómetros de profundidade.
Cientistas da Universidade de Alberta, no Canadá, encontraram um mineral antes visto dentro de um diamante da África do Sul. A estrutura química do mineral é muito incomum, raramente encontrada no manto terrestre. O artigo científico com os resultados da investigação foram publicados no início de setembro na American Mineralogist.
Nicole Meyer e a sua equipa realizaram vários estudos geológicos que permitiram aos investigadores indicar que o diamante se formou a cerca de 170 quilómetros de profundidade, a uma temperatura estimada de 1.190 graus Celsius.
O mineral foi batizado de “goldshmidtita“, em homenagem ao fundador da geoquímica moderna, Victor Moritz Goldshmidt.
Por ter sido encontrado numa localização muito profunda e antiga do nosso planeta, a amostra oferece dados inéditos sobre a química dos tempos ancestrais, funcionando como uma verdadeira máquina do tempo. Como é impossível aceder ao manto terrestre, os cientistas recorrem continuamente a pequenos fragmentos de diamantes para aprender mais sobre a química das profundezas terrestres.
Citado pela Sputnik News, Meyer esclareceu que “a goldshmidtita tem altas concentrações de nióbio, potássio e elementos presentes nas terras raras, como lantânio e cério. No resto do manto terrestre predominam outros elementos, como magnésio e potássio”.
A cientista realça que este mineral só pode ter sido formado como resultado de processos excecionais e bastante complexos, o que reforça a importância desta descoberta para a ciência moderna.
Citado pelo Sci-News, Graham Pearson, professor da Universidade de Alberta, afirmou que este mineral é altamente incomum e levanta o véu sobre os “processos fluidos que afetam as raízes profundas dos continentes durante a formação de diamantes”.
Podiam corrigir coisas como “… 170 quilómetros abaixo da terra.” e “Como é impossível aceder ao mano terrestre, …” …